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30/08/15 às 09:25

Extintor ABC só deu prejuízo até agora

A obrigatoriedade do uso dos novos extintores veiculares do tipo ABC foi prorrogada mais uma vez pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a pedido do Ministério das Cidades. Agora, a obrigação passa a valer só em 1º de outubro. Comerciantes da cidade falam em prejuízo, uma vez que as vendas não ocorreram diante da mudança das datas.

Nas lojas especializadas, às vendas caíram. É o que lembrou o empresário Marcelo Pires. “Aqui a gente comprou um estoque bom, quando a medida ia funcionar em abril. Acabou e tivemos que repor. Nesse meio tempo, a obrigatoriedade foi prorrogada, aí começaram os prejuízos”, disse. O temor é que, quando a lei começar a vale, poucos clientes vão querer comprar um produto com data de validade próxima do fim.

Segundo ele, depois da segunda prorrogação, os clientes começaram a aparecer cada vez menos para comprar o extintor. “Nós não temos mais estoque, mas as vendas caíram demais se comparado com o período final do prazo”, lembrou.

Essa foi a terceira vez em que a data é mudada. Conforme o Ministério das Cidades, a Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos Contra Incêndio e Cilindros de Alta Pressão (Abiex), alegou que não havia tempo hábil para abastecer o mercado.

Em postos de combustíveis e casas especializadas da cidade, ainda há produtos para serem comercializados. Em um posto da cidade, a saída dos extintores tipo ABC não é grande.

“A gente vende um ou outro em períodos longos, poucos clientes que compram lembram dessa determinação. Alguns compram por opção mesmo”, disse o frentista Sabino de Almeida.

No mercado, os extintores dessa categoria são encontrados por até R$ 150 reais. O motorista Carlos Nunes contou à reportagem que comprou o extintor por R$ 99 na internet.

“Aqui nos postos e lojas, o preço está acima do mercado, não julgo os comerciantes, eles querem lucrar e o período é esse, né? A lei está aí e a gente precisa se readequar e eles querem vender”, disse.

No posto localizado próximo à saída para Chapada dos Guimarães, o produto é encontrado por R$ 120. O extintor pode ser usado em casos de: fogo em papel, madeira tecido, gasolina, óleo, tinta, motores, chaves e outros equipamentos. Ou seja, atende um número maior de materiais em casos de fogo.

“É um preço salgado, mas tendo em vista que a multa em caso de descumprimento da medida pode ser maior, a gente paga”, disse o motorista Antônio Carlos Madeira.

Por outro lado, em algumas lojas do setor localizadas na avenida Carmindo de Campos, não há produtos. “A falta é generalizada, só tem quem comprou nos últimos meses de forma antecipada, mas quem está procurando agora, a demanda ainda é pouca”, disse o gerente de uma das lojas.

Segundo ele, quando se encontra para compra, o número em unidades é baixo. “Não atende toda a demanda, tem sido uma guerra entre empresários e fornecedores”.

Aos cuiabanos que precisam se readequar a tempo, é importante frisar que o produto não está em falta na cidade. No entanto, precisa de tempo e paciência para encontrá-los. Nos pontos de gasolina, por exemplo, o produto existe e tem sido pouco procurado para compra.
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