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15/08/17 às 16:40

Marfrig divulga resultado trimestral e prepara-se para um novo ciclo

A Marfrig Global Foods acaba de apresentar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) seu resultado relativo ao segundo trimestre de 2017.

No período, as receitas líquidas da empresa – formada pelas divisões de negócios Beef e Keystone – totalizaram R$ 4,3 bilhões, uma queda de 8% em relação ao mesmo período de 2016, provocada sobretudo pela apreciação do real de 9% em relação ao dólar.

Na condição de empresa internacionalizada, a Marfrig Global Foods tem 79% de suas receitas em moeda estrangeira.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) ajustado atingiu 391 milhões de reais, com margem de 9,1%.

O prejuízo líquido no segundo trimestre do ano foi de 157 milhões de reais – uma melhora de 44 milhões de reais em relação ao mesmo período de 2016.

Expansão

Em julho, duas unidades frigoríficas da divisão Beef, instaladas nos estados de Mato Grosso (Nova Xavantina) e Goiás (Pirenópolis) foram reabertas e outras quatro unidades expandiram linhas de produção. Esse crescimento resultará em aumento de 25% na capacidade produtiva brasileira no próximo trimestre.

A Companhia reabrirá três unidades frigoríficas localizadas nos estados de Rondônia (Ji-Paraná), Mato Grosso do Sul (Paranaíba) e Rio Grande do Sul (Alegrete). Com a implementação dessas reaberturas estima-se que a operação brasileira da divisão Beef eleve a capacidade de abate em cerca de 20% no 4º trimestre, atingindo cerca de 300 mil cabeças/mês.

Somadas as reaberturas das cinco unidades frigoríficas e a expansão da linha de produção, serão criados cerca de 4.500 empregos diretos.

Esse movimento de expansão foi resultado, entre outros fatores, da maior oferta de bovinos para abate no Brasil, provocada, sobretudo, pelas características cíclicas desse mercado e pelo cenário macroeconômico.

Entre abril e junho de 2017, a divisão Beef da Marfrig Global Foods registrou margem EBITDA de 8,2%, melhora de 150pbs em relação ao 1º trimestre do ano e apresentou EBITDA ajustado de R$ 170 milhões, alta de 23%.

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a margem EBITDA foi estável e o EBITDA ajustado apresentou queda de 11% influenciado pela apreciação de 9% do real e pelo menor volume de vendas.

Keystone

Mais uma vez, a divisão Keystone apresentou excelente resultado. No segundo trimestre deste ano, a divisão atingiu o maior EBITDA ajustado de sua história: 69 milhões de dólares, com margem de 9,8%. A receita da divisão no período subiu 4%, chegando a 697 milhões de dólares – ou 2,2 bilhões de reais. O crescimento em volume foi de 2%.

O desempenho consistente da Keystone é explicado, entre outros fatores, pelo foco na produção e na venda de produtos de alto valor agregado, processados à base de frango, principalmente, e pelo crescimento contínuo da demanda doméstica e de exportações em suas unidades localizadas na região da Ásia-Pacífico.

A fim de apoiar o crescimento, cerca de 65% dos investimentos realizados pela Marfrig Global Foods no segundo trimestre de 2017 – um total 162 milhões de reais – foram usados para aumentar a capacidade de produção e a eficiência de unidades da Keystone instaladas em países como Tailândia e Malásia.

Em maio, a Keystone apresentou à Security Exchange Comission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais americano, o pedido de registro para sua oferta pública inicial de ações (IPO) e segue trabalhando na atualização da documentação necessária para finalização do processo.

Financeiro

Ao final do segundo trimestre deste ano, a dívida bruta da Marfrig Global Foods era de 3,7 bilhões de dólares – 55 milhões de dólares inferior ao valor registrado no trimestre anterior. O prazo médio do endividamento foi de 4,4 anos e apenas 15% do total tinham vencimento no curto prazo.

A alavancagem, medida pela relação dívida líquida e EBITDA ajustado – foi de 4.17x – considerando o EBITDA ajustado do 2T17 anualizado e o câmbio médio de R$ 3,21/US$. Entre o primeiro e o segundo trimestre de 2017, o custo médio anual da dívida da Marfrig Global Foods caiu de 7% para 6,5% — resultado, entre outras ações, do resgate integral do saldo de 204 milhões de dólares de bonds com vencimento em 2024 e da utilização de linhas de crédito mais competitivas.
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