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23/04/17 às 08:03 / Atualizada: 23/04/17 às 20:44

Tragédia anunciada - Seis vítimas são identificadas na chacina de Colniza; Fetagri e MST protestam

Nove corpos foram confirmados, mas ainda há desaparecidos na região

Redação O Documento

Edição para ÁguaBoaNews, Clodoeste Kassu

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Os corpos das nove pessoas mortas na chacina que aconteceu num assentamento na área rural de Colniza - cidade a quase mil quilômetros de Cuiabá, capital de Mato Grosso - serão necropsiados a partir deste sábado (22), segundo a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso. Todas as vítimas são homens e adultos. Eles foram mortos por tiros ou facadas, segundo a Polícia Judiciária Civil. Quatro peritos da Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica do Estado de Mato Grosso) acompanharam o traslado dos corpos, que aconteceu durante toda a madrugada. Os exames serão feitos em uma área improvisada do cemitério de Colniza. Não há IML (Instituto Médico Legal) na cidade.

Equipes da CPT estão se dirigindo para o local da chacina para averiguar a situação. Há moradores do assentamento que ainda estão desaparecidos. As vítimas seriam de Rondônia e Guariba, um distrito de Colniza, segundo os investigadores.

A região tem sido palco de vários conflitos por terra. Em 2014, o Presidente da Associação de Produtores Rurais Nova União, Josias Paulino de Castro, 54 anos, e sua mulher, Ireni da Silva Castro, 35 anos, foram assassinados. "Os dois foram baleados na cabeça e Ireni ainda levou um tiro na mão", disse um policial. O casal iria realizar várias denúncias à ouvidoria Agrária Nacional e foram vítimas de uma emboscada. Em 2011, 700 famílias foram expulsas da área.

A Fetagri-MT (Federação dos Trabalhadores da Agricultura), em nota, lamentou "o agravamento do clima de tensão na região", e cobrou providências das autoridades responsáveis. Até o presente momento, o assassinato do casal em 2014 não foi solucionado, o que preocupa a entidade. A Federação cobra apuração dos fatos e a severa punição aos responsáveis pelos crimes, para evitar que outros casos ocorram em outras regiões do estado.

A entidade afirma na nota que a certeza da impunidade acaba "ceifando vidas de trabalhadores e trabalhadoras rurais no estado". A chacina de Colniza ocorre justamente na semana em que se relembra o massacre de Eldorado dos Carajás, que há 21 anos matou 19 trabalhadores rurais, no Pará.

Em nota divulgada neste sábado (22), o MST (Movimento dos Sem-Terra) disse que não pode se calar "diante de tão grande dor" e falou que a chacina foi uma "tragédia anunciada".

Identificações

Seis das nove vítimas da chacina na Gleba Taquaruçu do Norte, no Município de Colniza (1.065 km de Cuiabá), já foram identificadas pela Politec (Pericia Oficial e Identificação Técnica). Samuel Antônio da Cunha, Francisco Chaves da Silva, Edison Alves Antunes, Ezequias Santos de Oliveira, Sebastião Ferreira de Souza e Aldo Aparecido Carlini foram identificados pela equipe de legista, papiloscopista e técnico de necropsia da Politec, na manhã deste sábado (22). Os três primeiros já foram liberados para as famílias fazerem o traslado para Rondônia, de onde são originários

Samuel Antônio da Cunha e Francisco Chaves da Silva são de Rondônia e foram identificados pela equipe de médico legista, papiloscopista e técnico de necropsia da Politec, na manhã deste sábado (22.04). As duas identificações foram possíveis devido ao envio de prontuários civis do Instituto de Identificação de Rondônia.

Os profissionais continuam os trabalhos de necropsia nas vítimas. Os nove corpos chegaram na madrugada deste sábado ao município de Colniza, para iniciar os exames. As vítimas foram encaminhados pelos profissionais da Politec. Informações preliminares apontam que as vítimas apresentam sinais de facadas e tiros.

Um médico legista do município de Juína foi levado de aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) para realizar os exames em Colniza. O laudo com a causa da morte tem o prazo de 10 dias para ser enviado ao delegado que está investigando o caso.

Policiais civis e militares ainda estão no local do crime apurando os fatos das mortes.  A Polícia Militar informou que testemunhas estão sendo ouvidas, neste momento, na delegacia de Colniza. “Estamos realizando os trabalhos de investigação e de identificação dos corpos em conjunto”, disse o secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas.

Uma equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP)composta pelo delegado Marcelo Miranda, três investigadores e um escrivão e uma equipe de três peritos especializado em local de crime irão para região e ficarão o tempo necessário para trabalhar no caso.
“Estamos mobilizando mais uma equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) e especialistas em local de crime da Politec para auxiliarem na força- tarefa que já está mobilizada na região”, disse o secretário.

Força-tarefa

Uma força-tarefa foi montada para o resgate dos corpos. Ao todo 32 profissionais participaram dos trabalhos. Foram empregados  19 policiais militares, quatro policiais civis, três bombeiros militares, quatro peritos e dois pilotos do Cioaper.

Ainda foram utilizados seis viaturas da Polícia Militar e Civil, cinco caminhonetes emprestadas, um avião, dois barcos emprestados e uma motocicleta com carretinha. Os profissionais contaram com o apoio dos moradores da região.

Os trabalhos da Sesp começaram na quinta-feira (20.04), logo que as forças de Segurança Pública tomaram conhecimento do crime. Imediatamente equipes das Políciais Civil e Militar da região se deslocaram para o local. Na manhã da sexta-feira (21.04), três técnicos Politec de Cuiabá decolaram do hangar do Ciopaer, com destino ao distrito de Guariba, cerca de 150km de Colniza para iniciar os trabalhos.

De lá os profissionais percorreram mais 200 km até a localidade de Taquaruçu do Norte, onde seguiram por mais 15 minutos de barco ou 18 km a pé para chegar ao local do crime.

Duas, das nove vítimas do crime que ocorreu na área denominada Taquaruçu do Norte, na região do município de Colniza (1.065 km de distancia de Cuiabá), já foram identificadas pela Pericia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

Samuel Antônio da Cunha e Francisco Chaves da Silva são de Rondônia e foram identificados pela equipe de médico legista, papiloscopista e técnico de necropsia da Politec, na manhã deste sábado (22.04). As duas identificações foram possíveis devido ao envio de prontuários civis do Instituto de Identificação de Rondônia.

Os profissionais continuam os trabalhos de necropsia nas vítimas. Os nove corpos chegaram na madrugada deste sábado ao município de Colniza, para iniciar os exames. As vítimas foram encaminhados pelos profissionais da Politec. Informações preliminares apontam que as vítimas apresentam sinais de facadas e tiros.

Um médico legista do município de Juína foi levado de aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) para realizar os exames em Colniza. O laudo com a causa da morte tem o prazo de 10 dias para ser enviado ao delegado que está investigando o caso.

Policiais civis e militares ainda estão no local do crime apurando os fatos das mortes.  A Polícia Militar informou que testemunhas estão sendo ouvidas, neste momento, na delegacia de Colniza. “Estamos realizando os trabalhos de investigação e de identificação dos corpos em conjunto”, disse o secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas.

Uma equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP)composta pelo delegado Marcelo Miranda, três investigadores e um escrivão e uma equipe de três peritos especializado em local de crime irão para região e ficarão o tempo necessário para trabalhar no caso.
“Estamos mobilizando mais uma equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) e especialistas em local de crime da Politec para auxiliarem na força- tarefa que já está mobilizada na região”, disse o secretário.

Força-tarefa

Uma força-tarefa foi montada para o resgate dos corpos. Ao todo 32 profissionais participaram dos trabalhos. Foram empregados  19 policiais militares, quatro policiais civis, três bombeiros militares, quatro peritos e dois pilotos do Cioaper.

Ainda foram utilizados seis viaturas da Polícia Militar e Civil, cinco caminhonetes emprestadas, um avião, dois barcos emprestados e uma motocicleta com carretinha. Os profissionais contaram com o apoio dos moradores da região.

Os trabalhos da Sesp começaram na quinta-feira (20.04), logo que as forças de Segurança Pública tomaram conhecimento do crime. Imediatamente equipes das Políciais Civil e Militar da região se deslocaram para o local. Na manhã da sexta-feira (21.04), três técnicos Politec de Cuiabá decolaram do hangar do Ciopaer, com destino ao distrito de Guariba, cerca de 150km de Colniza para iniciar os trabalhos.

De lá os profissionais percorreram mais 200 km até a localidade de Taquaruçu do Norte, onde seguiram por mais 15 minutos de barco ou 18 km a pé para chegar ao local do crime.

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