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11/04/17 às 15:27 / Atualizada: 11/04/17 às 15:43

Morte de Renan Luna - Rádio Interativa entrevista o Cel. Tadeu Firme Cte. do 13º CR e o Del. Dr. Deuel Paixão (ouça os áudios)

Inácio Roberto, Grupo Interativa

Edição para Água Boa News, Clodoeste Kassu

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Morte de Renan Luna - Rádio Interativa entrevista o Cel. Tadeu Firme Cte. do 13º CR e o Del. Dr. Deuel Paixão (ouça os áudios)

Foto: Interativa

O Coronel Márcio Tadeu da Silva Firme do 13º Comando Regional da Polícia Militar se manifestou na segunda-feira sobre a morte de Renan Luna, ocorrido no domingo de madrugada na saída de uma festa em Nova Xavantina. Afirmou que o Major Escolástico havia dado voz de prisão para 3 jovens usuários de droga no banheiro do local da festa.

Na sequência, outros jovens impediram que o Major prosseguisse na ação de deter os suspeitos. O Major sustenta que teve que sair do local e para alertar a turma, disparou duas vezes para o chão. O Coronel também afirmou que quando a guarnição da PM e do Corpo de Bombeiros chegaram, não puderam prestar socorro imediato à vítima, pois ainda se ouviam disparos de arma de fogo. Depois disso, Renan foi levado ao Hospital Municipal onde foi constatado seu óbito. Três jovens suspeitos foram detidos com entorpecentes. Várias testemunhas prestarão depoimento para esclarecer os fatos. O comandante do 13º CR garantiu que as investigações prosseguirão de forma isenta, “doa a quem doer”.

O Coronel confirmou que o Major Escolástico prestou depoimento na noite de domingo na Delegacia de Polícia. Sua arma foi apreendida. O Inquérito Policial Militar depois de concluído, será remetido à Corregedoria da Polícia Militar e ao Ministério Público. “A preocupação é de que a justiça seja feita”. Ele disse acreditar que no desenrolar do inquérito toda a verdade aparecerá. O Coronel não quis comentar a possibilidade de se tratar de um caso de bala perdida. Tadeu Firme observou que a perícia vai determinar com precisão todos os fatos. Ele refutou áudios e comentários que circulam nas redes sociais, pois são os autos do inquérito que apontarão os rumos do processo. O comandante negou que algum integrante da guarnição da PM tenha efetuado algum disparo de arma de fogo.

“Cápsulas de munições foram recolhidas no local dos fatos e tudo passará por perícia”. Ele não soube identificar de qual calibre eram as cápsulas. “Durante a tramitação do Inquérito Policial Militar, nenhum PM será afastado. Somente ao final é que decisões assim poderão ser tomadas”, observou o Cel Tadeu Firme.

 Dr. Deuel Paixão Santana, delegado plantonista atendeu no domingo os fatos ocorridos em Nova Xavantina. Ele afirmou ter instaurado procedimentos para apurar todos os fatos. “A arma do Major Escolástico foi apreendida e anexada ao inquérito policial militar, após perícia. Três jovens apresentados pela PM como tendo sido envolvidos em um desentendimento com o Major Escolástico foram apresentados e indiciados por resistência qualificada e injúria”. Segundo o Major, várias pessoas tentaram avançar contra o oficial que queria deter um suspeito.  O projétil encontrado no corpo de Renan Luna foi encaminhado para a Politec para fins de perícia.

A Polícia Civil aguarda ainda o laudo de necropsia para verificar detalhes sobre o caso. O delegado lembra que o local estava repleto de pessoas, e que qualquer um poderia ter disparado contra o jovem. Os jovens negaram ter participação no homicídio de Renan. Com eles, a polícia encontrou apenas um simulacro. Negaram ainda terem tentado algo contra o Major Escolástico. Mesmo assim, foram indiciados, cabendo à justiça esclarecer os fatos. O homicídio segue sob investigação cujo comando é do Delegado titular da DP de Nova Xavantina, Dr. Sidarta. Dr. Deuel afirmou que ainda não há depoimentos apontando o jovem Renan como participante em qualquer ato ilegal ou desentendimento com alguém na festa.

Cerca de 20 pessoas prestaram depoimento e nenhuma deles viu Renan envolvido em algum ato ilegal. O delegado plantonista observou que algumas pessoas prestaram depoimento confirmando terem ouvido tiros de arma de fogo no local. Nesse momento a Polícia Civil ainda não sabe atribuir a autoria do crime. O delegado destacou que se alguém tiver qualquer informação que possa ajudar a desvendar o caso, que compareça na Polícia Civil para prestar este depoimento.

Áudio Coronel

Áudio Delegado

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  • por Paulo, em 13/04/17 às 01:16

    Pelo que tenho lido e um vídeo que assisti realmente enfrentaram o major dizendo atira aqui no meu peito,não atira no chão e ele tentou evitar deixar vidas em risco e foi andando de costas em direção à saída da festa ,muita escuridão,então pode sim ser bala perdida,ninguém queria atingir um jovem inocente .

  • por A, em 11/04/17 às 19:00

    Essa reportagem é manipuladora!!! A polícia fará de tudo para acobertar e facilitar a vida do seu funcionário responsável por este homicídio. No Mato Grosso é assim, sem lei! Espero que atitudes sejam tomadas ou o barulho será grande!

 
 
 
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