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03/04/17 às 16:30

Ensino e Assistência - Equipe de saúde do HUJM atende idosos em casa

Evania Costa

AguaBoaNews

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Pacientes idosos do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM-UFMT/Ebserh) são atendidos em casa por equipe multiprofissional. As visitas do Projeto de Assistência Domiciliar Interdisciplinar de Geriatria e Gerontologia (ADIGG) começam nesta terça-feira (04), visando uma complementação do cuidado ao paciente em seu domicílio, bem como a complementação da formação da residente em geriatria e demais áreas gerontológicas.

Além dos geriatras e residentes que compõem o serviço, participam do projeto uma equipe multiprofissional formada por enfermeira, assistente social, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo e nutricionista. O Hospital disponibiliza ainda transporte e motorista para o atendimento nas casas.

 “A assistência domiciliar faz parte da grade obrigatória do programa de residência médica em geriatria e gerontologia iniciado neste ano de 2016 no HUJM, portanto temos urgência na implantação deste serviço, já que temos um residente cursando o primeiro ano da residência”, explica a médica Andréia Casarotto, professora da Residência.

Conforme a geriatra, outra demanda importante para a criação do ADIGG é o encurtamento do tempo de internação hospitalar (“desospitalização”) e o seguimento desses idosos que estavam internados e que, na alta, necessitam ser acompanhados em domicílio. “No Júlio Muller, frequentemente esses pacientes perdem o seguimento por não conseguirem retornar às consultas agendadas. Não raro, o próximo encontro com o paciente é em uma nova internação hospitalar. Sendo assim, se valendo de uma assistência pautada na Interdisciplinaridade, visamos avaliar o idoso no ambiente mais real possível, ou seja, no seu domicílio”, ressalta a especialista.

A perspectiva de envelhecimento populacional é uma realidade. Sabe-se que o total de idosos (indivíduos com mais de 60 anos) hoje é de 11% da população total, sabendo que em 2050 essa porcentagem será de cerca de 30%. A expectativa de vida aumentou no século XX, porém não é raro os idosos viverem mais tempo com uma qualidade de vida pior, ou seja, mais acamados e dependentes de outras pessoas. Sendo assim, os idealizadores do projeto, frisam que um dos grandes desafios para esse século é viver mais e também com uma vida mais plena, com autonomia e independência.

Nesse cenário, tem-se presenciado uma inversão epidemiológica das doenças que acometem a população brasileira. No passado, morria-se mais de doenças infectocontagiosas como tuberculose, malária e AIDS. Atualmente, há uma presença mais marcante das doenças crônico-degenerativas como Alzheimer, Hipertensão e Diabetes, o que faz constatar também um maior aumento das doenças consequentes dessas patologias, com AVCs, IAM, Insuficiência Cardíaca. Conforme justificativa do projeto, indivíduos com essas patologias, não raro, necessitam de acompanhamento em domicílio, já que não possuem uma condição satisfatória para se locomover. Destacando-se que nas fases finais da demência, constatam-se pessoas bem dependentes de familiares e também de equipe de saúde.

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