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01/04/17 às 13:55 / Atualizada: 01/04/17 às 14:02

FLASH – 'No lugar do bisturi, o neurocirurgião opera um sofisticado equipamento', explica neurocientista sobre cirurgia do crânio

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FLASH – 'No lugar do bisturi, o neurocirurgião opera um sofisticado equipamento', explica neurocientista sobre cirurgia do crânio

Professora visitante da Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA), Alessandra Gorgulho

Foto: ZF Press

A chefe clínico-científica do Centro HCor de Neurociências e professora visitante da Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA), Alessandra Gorgulho, abordou, em sua primeira palestra no 1º Simpósio de Radiocirurgia Estereotáxica de Mato Grosso, o tema “Tumores Selares e Parasselares”. O evento ocorre nesta sexta-feira (31.03), em Cuiabá.  

A neurocientista explicou que o tratamento de doenças graves, antes realizado com a abertura do crânio em cirurgias de alta complexidade, agora pode ser realizado de forma não invasiva; sem cortes ou perda de sangue. Em vez de usar o bisturi, o neurocirurgião opera um sofisticado equipamento, chamado Gamma Knife, que atinge diretamente o foco do problema com a emissão de raios gama.

"A radiação é direcionada unicamente para a lesão cerebral a ser tratada, poupando as áreas normais do cérebro de doses significativas de radiação, o que poderia ocasionar sintomas e eventuais sequelas", explica Gorgulho.

Ela destacou ainda que quando ocorre a necessidade do uso da radioterapia, é preciso levar em conta os números sobre tumores cancerígenos da glândula pituitária, a produção de hormônios e secreções e sobre como tratar o paciente da forma mais adequada, com os múltiplos equipamentos à disposição dos profissionais.

LEQUE DE OPÇÕES – Já a médica radio-oncologista Mariana da Cruz Rodrigues Carvalho destacou que os avanços da radio-oncologia moderna, por parte da radioterapia, abriu um leque de opções e linhas de tratamento de pacientes. Entre eles, está a Radioterapia Estereotáxica Corpórea (em inglês, Stereotactic Body Radiotherapy – SBRT), que é considerada um tipo de radioterapia de alta precisão – cuja localização se reporta, frequentemente, às localizações extracranianas.

Isto significa que a SBRT pode ser aplicada em metástases pulmonares, hepáticas ou que se localizem perto de áreas muito sensíveis (como a medula) e nas quais seja necessário liberar doses elevadas, que excedem a tolerância normal dos órgãos junto aos quais se encontram.

"Estudos apontam que cerca de 40% dos pacientes com câncer apresentam metástases. Destes, 70% apresentam metástases na mama, próstata, pulmão, linfoma, rim, entre outros, nessa ordem. Precisamos avaliar a aplicação da SBRT, levando em consideração fatores como, por exemplo, a estabilidade do paciente, a avaliação sistêmica dele", explica Mariana.
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