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24/03/17 às 14:22 / Atualizada: 24/03/17 às 14:38

Moradores de Nova Ubiratã recebem apoio de Conselho Regional para ajudar criança com câncer raro

www.ubirata24horas.com.br com assessoria

Edição para Água Boa News, Clodoeste Kassu

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Moradores de Nova Ubiratã recebem apoio de Conselho Regional para ajudar criança com câncer raro

Foto: Divulgação

Um tipo de câncer extremamente agressivo que só pode ser tratado apenas nos Estados Unidos. Esta é a realidade que o menino João Monjardim, de apenas 03 anos, vive e que o Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso (CRO/MT) quer ajudar a mudar. A instituição abraçou a campanha criada pela família para contribuir com o tratamento da criança. 
 
João é sobrinho da cirurgiã-dentista Fernanda Fabris e do Servidor público Leandro Cesário, ambos moradores do município de Nova Ubiratã.
 
O secretário da entidade, José de Figueiredo Loureiro Júnior, destaca que a autarquia pretende envolver o máximo de colaboradores nesta campanha. “Vamos enviar as informações com os dados para depósito para todos os cirurgiões-dentistas inscritos no CRO-MT via e-mail, além de publicar a história na nossa página do Facebook e no nosso site institucional”, assinala.
 
Para a cirurgiã-dentista o apoio da entidade dará oportunidade para que colegas de profissão conheçam e contribuam com o tratamento do sobrinho que convive em constante tratamento.
 
 “Falando um pouco sobre o tumor, ele foi inicialmente diagnosticado como um tumor cerebelar, chamado de tumor ectodérmico primitivo de alto grau de malignidade. A raridade dele é que ele não se enquadra em nenhum tipo desse tumor; a identificação parcial foi feita aqui no Brasil e, após essa identificação, o material foi enviado aos EUA para que lá fosse feita uma classificação molecular, onde o tumor foi denominado B-Cor; essa denominação foi descrita em literatura médica apenas em 2016”, explica. 
 
De acordo com o pai, o médico Renato Fabris, o tratamento do filho é longo, complexo e requer alto investimento financeiro, cerca de 300 mil dólares - mais de 900 mil reais. “Isso nos forçou a optar pelo financiamento coletivo”, ressalta Fabris. 
 
Em entrevista concedida a uma publicação especializada em saúde, o médico esclarece o motivo pelo qual a família resolveu divulgar o caso de João. Para tal, criaram uma página no Facebook chamada "Save João". Pela rede social, os familiares também fazem atualizações frequentes sobre o estado de saúde do menino. 
 
Solidariedade – A campanha criada por amigos e familiares ganhou repercussão nacional com a adesão de artistas como os cantores Daniel, Chitãozinho e Xororó, os ex-jogadores de futebol Zico e Júlio César Uri Gueller e do ex-vocalista da banda mundialmente conhecida Supertramp.
 
O astro da música do rock doou uma guitarra autografada que será leiloada em prol ao tratamento de João.
 
Outra forma encontrada para angariar fundos são as rifas e ações entre amigos. Dentre os prêmios a serem sorteados estão; relógio da Armani aparelho celulare iPhone 7, motocicleta e até um automóvel 0 km.
 
“Alguns desses prêmios foram doados de forma anônima por pessoas de diferentes regiões do Brasil. Isso confirma aquela frase que diz ‘somos o povo mais solidário do mundo’”, emocionado afirmou Drª Fernanda, em entrevista ao site ubirata24horas.
 
Uma das ações entre amigos pode ser adquirida na Drogaria + Saúde, situada na avenida Tancredo Neves, centro de Nova Ubiratã, ou ainda pelo telefone (66) 9 9665 6922 – falar com Drª Fernanda Fabris.
 
Caso Raro – João tem um câncer nunca antes conhecido pela ciência e extremamente agressivo. A família, que vive em Vitória, no Espírito Santo (ES), recebeu a notícia do diagnóstico em junho de 2016, quando foi descoberto o tumor no cérebro da criança. “A título de comparação, pode-se dizer que é quase mais fácil ganhar na loteria do que ter um tumor deste", comenta o pai. 
 
Os parentes identificaram que havia algo com a saúde do menino quando ele começou a ficar cansado e com náuseas com frequência. Após uma ressonância, foi identificado que João estava com câncer. “A cirurgia para retirada do tumor foi feita com urgência e, durante a análise do material, os médicos perceberam que não existiam registros desse tipo de câncer, extremamente maligno e agressivo”, conta a avó, Solange Monjardim. 
 
João foi então submetido a um tratamento tão agressivo quanto o câncer: ele recebeu as medicações mais fortes que existem, foram três ciclos de quimioterapia e um transplante de medula autólogo – procedimento onde a medula do paciente é coletada e, depois do tratamento, ele recebe a medula de volta. Esse método apaga todo o sistema imunológico da criança, fazendo com que ela fique sem imunidade como um recém-nascido. Após seis meses é iniciado o processo de vacinação novamente, para que seja reconstruída a imunidade do paciente. O período de recuperação pode chegar a um ano. 
 
Metásfase e tratamento personalizado – No início de fevereiro, contudo, em uma consulta de rotina, os médicos identificaram a metástase do câncer na medula de João. Dessa forma, foi realizado um planejamento completamente novo e inédito de tratamento, pensado especialmente para o caso de João por um médico americano. "O especialista indicou de três a seis ciclos de quimioterapia diretamente na medula do João para diminuir a metástase. Ele já teve duas convulsões desde que começou essa nova fase do tratamento", relata a avó. 
 
Ainda de acordo com a orientação do médico, quando houver sinal de melhora no quadro, João deve ir direto para San Diego, nos Estados Unidos, começar as 33 sessões de protonterapia, um método similar a radioterapia, mais eficiente e menos agressivo. 
 
Por fim, João será submetido a um tratamento para produção de anticorpos. Não existe um protocolo a seguir uma vez que João é o primeiro caso com esse tipo de câncer, mas os médicos apostam nesse tratamento para que o pequeno possa se recuperar da doença da melhor forma possível. 
 
Mesmo diante da situação delicada, João não perde o bom humor e nos vídeos captados por sua família aparece sorridente e carinhoso com quem está ao seu redor. "Ele é uma criança muito feliz, não reclama. Ele vive bem porque nós o adaptamos para essa realidade, então hoje ele sabe que tem uma 'casa em São Paulo', sabe que precisa ir ao hospital, que tem um dispositivo embaixo da sua pele para receber a medicação. Ele vive a vida", conta o pai. 
 
Exemplo disso é um vídeo feito no hospital, em que os pais mostram o pequeno fazendo manobras e se divertindo com seu avião de brinquedo (VEJA AQUI). A torcida que fica é para que João ainda possa alçar muito voos em sua vida.
 
Quer fazer uma doação? Acesse a página do financiamento coletivo (www.gofundme.com/29x54g4) ou deposite no Banco do Brasil (BB).
Renato Gargano Fabris
Agência: 0079-5
Conta Corrente: 6166-2
CPF: 271.788.228-64
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