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24/03/17 às 11:53 / Atualizada: 24/03/17 às 12:00

Ultrassons morfológicos podem trazer falsos diagnósticos

Procedimento já confirmou síndromes em bebês, mas o após o nascimento não existia

Juliana Rodrigues

AguaBoaNews

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Ultrassons morfológicos podem trazer falsos diagnósticos

Foto: Divulgação

O exame ultrassom morfológico está entre as técnicas obstétricas mais recentes no diagnóstico precoce (ainda na barriga) de possíveis alterações congênitas, hidrocefalia (acúmulo de líquido na cavidade craniana), e alterações cromossômicas, como a síndrome de Down. O ultrassom é realizado no primeiro e segundo trimestre da gestação. O Colégio Brasileiro de Radiologia assegura a confiabilidade do procedimento em 90% no segundo trimestre, enquanto no primeiro as chances de acerto se restringem a 70%.

O índice de diagnósticos equivocados na gestação é possível e pode causar grande preocupação entre os pais. Diferente do ultrassom tradicional, o morfológico não utiliza radiação. Inserido na via vaginal ou transabdominal, o aparelho sinaliza ondas sonoras direcionadas ao interior do útero. Os sons transmitidos são transformados em imagens com boa resolução, permitindo ver perfeitamente os traços do bebê ainda na barriga. O procedimento pode ser gravado em DVD, o que é motivo de festa para os pais e familiares.

Erros de interpretação

Em entrevista para a Crescer, Jéssica Apolinário Franco, afirma que durante a gestação do filho o exame morfológico havia apontado alteração cromossômica e a possibilidade da criança nascer com a síndrome de Down. Mesmo sob o alerta do obstetra, de que era melhor aguardar o nascimento, a mãe e toda a família ficaram bastante preocupados e já se preparando para receber uma criança especial. Após o nascimento, foi confirmado que Pietro não possuía a síndrome.

O grande problema encontrado no exame morfológico não está na falha da técnica, mas sim no erro ao interpretar o que o equipamento sinaliza. Antes de inserir a tecnologia no consultório médico e tornar como parte da rotina hospitalar, é primordial o treinamento dos profissionais para manusear e ter domínio total da técnica. Equipamentos desregulados também estão entre as causas dos falsos diagnósticos.

Exame não traz confirmações

A precisão do exame morfológico no diagnóstico de possíveis anomalias depende de vários fatores, como tipo de aparelho, idade gestacional, quantidade de líquido amniótico, peso da gestante, dentre inúmeras condições. É importante realizar exames diferenciados e específicos na sequência, antes de qualquer tipo de afirmação.

Facilita a detecção de possíveis problemas

O exame morfológico é sem dúvida uma contribuição para área da medicina e embora existam algumas falhas interpretativas, a técnica permite acompanhar o desenvolvimento saudável do bebê e as condições do útero da mãe. O site Trocando Fraldas, especialista em saúde feminina e maternidade, recomenda o ultrassom morfológico entre a 20º e a 24º semana de gestação. Nesse período é possível detectar síndromes, má formação da face, diafragma e a saúde cardíaca do bebê. 

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