Notícias / Notícias Gerais

14/01/17 às 17:03

Caminhoneiros fecham BR pelo 2º dia em MT contra queda no preço do frete

Segundo os motoristas, houve queda de 30% no valor pago pelo frete. Eles cobram que as transportadoras paguem um preço mínimo.

Pollyana AraújoDo G1 MT

AGUA BOA NEWS

Imprimir Enviar para um amigo
Caminhoneiros fecham BR pelo 2º dia em MT contra queda no preço do frete

Motoristas estão impedindo a passagem de veículos de carga

Foto: Gilmar Marinho/ Arquivo pessoal

Em protesto contra a queda no preço do frete, cerca de 200 caminhoneiros bloqueiam pelo segundo dia dois trechos da BR-364, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, neste sábado (14). Segundo Gilmar Marinho, um dos manifestantes, no início da colheita da safra do ano passado, o custo do frete estava 30% acima do valor pago atualmente.

"Não estamos tendo condições de trabalhar por causa baixo custo do frete. Estamos cobrando que as transportadoras paguem o piso mínimo que é estabelecido pela Sefaz [Secretaria Estadual de Fazenda", afirmou.
 
Ele citou, como exemplo, o valor pago a um caminhoneiro para o transporte de uma tonelada de grãos entre Lucas do Rio Verde, a 360 km ao norte de Cuiabá, até Rondonópolis, no sul do estado. "De Lucas do Rio Verde a Rondonópolis está sendo pago R$ 75 por tonelada e, no ano passado, era pago R$ 95 por esse mesmo trecho, sendo que desse período para cá o preço do diesel subiu seis vezes", declarou Marinho.

 
Bloqueios ocorrem km 206 e no km 201 da BR-364 em Rondonópolis (Foto: Divulgação/PRF-MT)Bloqueios ocorrem km 206 e no km 201 da BR-364 em Rondonópolis (Foto: Divulgação/PRF-MT)
 
Os caminhoneiros também manifestam apoio ao Projeto de Lei 528, que tramita na Câmara Federal, e prevê a criação da Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, a qual deve estabelecer um custo mínimo para o frete, que, segundo Marinho, deve evitar que as empresas paguem o que quiserem aos motoristas. 

"Ocorre que tem empresas atravessadores que pegam um frete por R$ 300 a tonelada e pagam menos da metade desse valor ao motorista. Hoje um caminhoneiro não ganha nem três salários mínimos por mês. E, muitas vezes, ele se submete a ganhar pouco para não ficar sem trabalhar, pois tem família para sustentar", afirmou.

A queda no custo do frete, de acordo com ele, também fez com que algumas transportadoras reduzissem a frota. "Uma transportadora de Rondonópolis reduziu 20% da frota no último ano e isso desemprega muitos motoristas", pontuou. Apenas na região de Rondonópolis são 7.800 motoristas cadastrados na Associação dos Caminhoneiros da região.

O protesto na rodovia começou no início da manhã de sexta-feira (13). Não está sendo permitida a passagem de veículos de carga. A previsão é que a manifestação dure cinco dias.

comentar  Nenhum comentário

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Agua Boa News. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site Agua Boa News poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
 
 
Sitevip Internet