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29/06/15 às 12:40 / Atualizada: 29/06/15 às 12:47

Água Boa: ONG Sal e Luz pede socorro

Alan Apio

AGUA BOA NEWS

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Água Boa: ONG Sal e Luz pede socorro

Foto: Alan Apio

No número 48, na Travessa Pequi na Vila Nova fica a casa da senhora Oraci Xavier, ou tia Oraci como gosta de ser chamada. Lá, dezenas de crianças entusiasmadas brincam com a visita de três palhaças do projeto Plantão Alegria que visitam regularmente o projeto da ONG Sal e Luz, no domingo, dia 28. Inicialmente criado com o objetivo de evangelizar meninos e meninas, o projeto rapidamente se transformou em um espetacular movimento para o resgate social das crianças carentes em Água Boa.

Fundado há cerca de dois anos e recentemente transformado em organização não governamental, o projeto Sal e Luz atende crianças de todas as idades das mais diferentes formas. Aulas de inglês, aulas de taekwondo e em breve aulas de informática e breaking  farão parte da agenda. Tudo através de apoio voluntário. “O projeto atende crianças de uma realidade onde o namoro começa antes dos 12 anos e a gravidez adolescente é comum. Com a educação dada as meninas estamos conseguindo reverter essa realidade no bairro”, diz Lorena Ferraz, uma das voluntárias e cofundadora do projeto.

Como relatou Mara Rúbia, outra voluntária da ONG, a ideia de ajudar as crianças surgiu da fé e da autocrítica pessoal de uma jovem visionaria, Jully Marianne Xavier. Filha da tia Oraci, Jully  sonhava em frequentar uma universidade muito concorrida e pedia a Deus com frequência para que seu sonho virasse realidade. Até que um dia ela se questionou, “Eu peço a Deus que faça tanto por mim, mas o que eu faço por ele?”. Então surgiu o projeto.


Inicialmente atendo poucas crianças, o projeto rapidamente chamou a atenção de mais meninos e meninas do bairro, atraídos pela música das atividades e pelo carinho e cuidado dos voluntários. Logo, o espaço da casa da tia Oraci ficou pequeno demais.  “Essas crianças em sua maioria moram com seus avós. A maioria é órfã de pai e mãe. Eles não têm mais pra onde ir. Precisamos de um lugar maior.

A ONG possui um terreno no mesmo bairro onde futuramente pretende construir uma sede própria através da benfeitoria da população e da mão de obra voluntária. Apesar de confiantes na boa vontade dos água-boenses, os responsáveis pela ONG sabem que a urgência em conseguir outro local os obrigará a buscar uma localização temporária para atender as crianças. A ideia mais aceita é a de usar o espaço da Escola Municipal Vila Nova, que já atende as crianças com a educação básica, fica perto do local atual da ONG e possui ampla instalação para o desenvolvimento das atividades. Contudo o relógio está correndo e a indefinição do futuro da ONG preocupa seus dirigentes.

 “Nós estamos pedindo socorro”, diz Lorena. O apelo bate fundo no coração dos que ouvem e dá um tom melancólico a voz da voluntária no dia em que ela completa 20 anos de idade. Comemorado com um bolo, distribuído pra mais de 30 crianças, o aniversário fica em suspense, esperando que o presente maior ainda apareça, e garanta o futuro da ONG.

 
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