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30/07/16 às 21:13 / Atualizada: 30/07/16 às 21:32

Negociação entre Brasil e EUA pode ampliar comércio da carne mato-grossense

Mato Grosso tem o maio rebanho bovino comercial do Brasil, com 29,2 milhões de cabeças e é o segundo maior exportador de carne bovina do país. No ano passado foram exportadas 298 mil toneladas

Raquel Teixeira | Sedec-MT

AGUA BOA NEWS

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Negociação entre Brasil e EUA pode ampliar comércio da carne mato-grossense

Foto: Água Boa News

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) concluiu a negociação entre o Brasil e Estados Unidos para liberação do comércio de carne bovina in natura entre os dois mercados.  O acordo foi definido na noite desta quinta-feira (28.07), na capital norte-americana, Washington, durante reunião do IX Comitê Consultivo Agrícola dos dois países.

A reunião contou com a participação do ministro da Agricultura, Blairo Maggi. O presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Luciano Vacari, integrou a missão técnica brasileira. Durante a reunião, além da discussão sobre temas de interesse agrícola bilateral, ambos os países comunicaram a conclusão dos procedimentos técnicos para a abertura dos mercados brasileiro e americano de carne bovina "in natura".

Os serviços veterinários finalizaram as avaliações do reconhecimento do controle oficial dos dois sistemas de inspeção. A modalidade de habilitação será por "pré-listing", ou seja, tanto o Mapa quanto o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) poderão indicar lista de estabelecimentos para a exportação. Porém, apenas os estabelecimentos que cumprirem todos os requisitos estabelecidos na certificação acordada serão indicados pelos serviços oficiais.




Vacari destaca que a negociação demonstra o reconhecimento da seriedade e qualidade do controle sanitário brasileiro. “Mais que isso, o acesso ao mercado norte-americano vai possibilitar que consigamos abrir novos canais de venda e chegarmos a mais destinos com nossos produtos”.

De acordo com o Mapa, a expectativa é que os embarques se iniciem nos próximos 90 dias, após finalização dos trâmites administrativos pelas autoridades sanitárias brasileiras e norte-americanas.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, Ricardo Tomczyk, pontua que a negociação representa o passaporte definitivo da carne mato-grossense não apenas para os EUA, mas também para o resto do mundo. “Um mercado internacional maior e qualificado vai demandar mais nossa produção, o que agrega ainda maior valor ao nosso produto”.

Controle sanitário e mercado

Na segunda-feira (1º), o ministro Maggi e a embaixadora dos EUA no Brasil, Liliana Ayalde, farão a troca de cartas de reconhecimento de equivalência dos controles oficiais de carne bovina entre os dois países. "Esse documento representa o reconhecimento da qualidade de segurança sanitária do Brasil", destacou o ministro.

A conclusão da negociação é importante para o Brasil não só pelo potencial de compra daquele mercado, mas também porque os EUA são uma referência para outros importadores de carne bovina in natura. As tratativas entre os dois países tiveram início em 1999, ainda no segundo governo Fernando Henrique Cardoso. 



Mato Grosso tem o maio rebanho bovino comercial do Brasil, com 29,2 milhões de cabeças e é o segundo maior exportador de carne bovina do país. No ano passado foram exportadas 298 mil toneladas equivalentes a carcaças. Países da União Europeia, Oriente Médio e a China são os maiores compradores da carne mato-grossense.

“As negociações representam mais um grande passo da carne bovina brasileira rumo à mesa dos consumidores mundiais. Assim como mais de cem países que já contemplam exigentes paladares, os Estados Unidos contarão com a qualidade e constância da carne brasileira”, frisou o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso, Francisco Manzi.


Com assessorias do Mapa e Acrimat

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