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08/07/16 às 09:55

Vídeo - Fogo na roça! Incêndios atingem a safrinha de milho no Brasil Central

João Batista Olivi e Fabélia Oliveira - Notícias Agrícolas

Edição para Agua Boa News, Michel Franck

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O tempo seco em todo o Brasil Central traz condições favoráveis ao desenvolvimento de queimadas nas lavouras.

Conforme relata o jornalista, João Batista Olivi, na terça-feira (05) uma lavoura de milho safrinha em Montividiu (GO) do produtor rural Valin foi atingida pelo fogo, destruindo 150 hectares de palhadas e 70 hectares de roça.

Na semana passada outra lavoura de milho safrinha e mais mil hectares de palhada foram consumidos por um incêndio em uma propriedade na região de Sorriso (MT), importante localidade produtora de grãos no estado.

Segundo estatística do Prev-fogo Ibama, o Brasil fechou esses primeiros seis meses de 2016 com quase 28 mil focos de calor, resultado do tempo seco. No ano passado, os focos não passaram de 20 mil.

Somente no Mato Grosso foram registrados sete mil focos de calor, maior volume desde 2004. Com relação ao ano passado, os registros aumentaram 31,4%.

Esse fator apesar de ser comum para os produtores do Centro-Oeste e Nordeste do país, neste ano se agravam diante das perspectivas cada vez maiores de quebra na produção da segunda safra de milho.
A nova estimativa da safra 15/16 do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) reduziu 1,021 milhão de toneladas em relação à estimativa anterior, que foi realizada no final de mai/16.

Com os reajustes realizados após os impactos negativos das condições climáticas, a produção da safra 15/16 pode cair para 20,22 milhões de toneladas, uma redução de 29,9% em relação à safra 14/15.

"A produtividade foi estimada em 79 sacas/hectares, mas eles esperavam entre 110 a 115 sc/ha", ressalta João Batista. "No leste a situação é ainda mais complicada, o presidente da Aprosoja, Endrigo Dalcin, por exemplo, está colhendo 11 sacas por hectare, e os relatos são em torno de 40 sc/ha quando muito", acrescenta.

A produção poderá ter uma queda ainda maior, já que as piores áreas ainda não começaram a ser colhidas. Segundo Olivi, o estado poderá produzir 16 milhões de toneladas de milho.

A situação de quebra se estende por todo o Brasil Central, estreitando a relação de abastecimento interno. E, além dos problemas com a produção, os agricultores também convivem com as tentativas de taxação ao único setor que ainda sobrevive à crise econômica.

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