Notícias / Agricultura

03/07/16 às 19:57

Bancos liberam recursos para safra 2016/2017

Silvana Bazzani - A Gazeta

Edição para Agua Boa News, Michel Franck

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As instituições financeiras começaram a liberar recursos para a produção agrícola da safra 2016/2017 na sexta-feira (1º). As operações de crédito contemplam recursos para custeio, investimento e comercialização. Nessa “toada”, a Central Sicredi Centro Norte -que envolve Mato Grosso, Pará e Rondônia - prevê a aplicação de R$ 1,7 bilhão em recursos controlados até o fim deste ano, sendo a maior parte para o custeio. 

No país, a meta da cooperativa é liberar R$ 10,6 bilhões neste ciclo, ante R$ 8,5 bilhões na anterior. “No custeio esperamos superar em 30% as operações do ano passado, que totalizaram R$ 1,2 bilhão”, diz o presidente da Central Sicredi Centro Norte, João Spenthof. 

Para investimento, no último exercício foram liberados R$ 800 milhões. Para 2016, a estimativa é repetir a cifra. Spenthof admite que inicialmente as expectativas eram menos otimistas. “Os depósitos dos bancos caíram muito com a crise e a previsão para o crédito rural também diminuiu bastante. Mas surgiram outros mecanismos, como a equalização de recursos pelo próprio governo para o atual ano-safra. Então, pode acabar sendo bem melhor que o previsto”. 

Como observa o CEO do Sicredi Brasil, Edson Nassar, Mato Grosso lidera a demanda por recursos para o agronegócio e os estados do Sul a procura pelo crédito para a agricultura familiar. “Estamos com um Plano Safra recorde de R$ 10,6 bilhões, mas se olharmos a extensão territorial de Mato Grosso, a capacidade da agroindústria, haveria espaço para (os produtores emprestarem) outros R$ 10 bilhões”.  

CRÉDITO OFICIAL - Para as operações de custeio, comercialização e investimento, o governo federal garante R$ 185 bilhões a safra 2016/2017. Em maio, o governo anunciou R$ 202 bilhões para o atual Plano Agrícola e Pecuário (PAP). Contudo, houve reflexo no montante inicial por causa do redimensionamento da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), que terá em torno de R$ 10 bilhões sob taxa controlada de 12,75% ao ano, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

De acordo com o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, é positiva a expectativa para esta nova safra. “O Brasil vai colher mais de 200 milhões de toneladas de grãos. As cotações no mercado internacional estão aquecidas, há previsão de preços remuneradores e os recursos programados são significativos”. 

Para as operações de custeio e comercialização com juros controlados estão disponibilizados R$ 115,6 bilhões, a juros variáveis de 9,5% a 12,75% ao ano.

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