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23/06/16 às 09:33

Paratleta bate recorde ao nadar mais de 60 km em mar aberto

O baiano Ricardo Serravalle entra para o RankBrasil. Em 22 horas, ele realizou a travessia entre Salvador e o Morro de São Paulo, na Bahia

Assessoria de Imprensa RankBrasil

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Paratleta bate recorde ao nadar mais de 60 km em mar aberto

Em 22 horas, recordista nadou 62,2 quilômetros entre Salvador e o Morro de São Paulo, na Bahia

Foto: Arquivo recordista

Ricardo Serravalle entra para o RankBrasil em 2016 pelo recorde de Maior travessia a nado em mar aberto. Em 22 horas, o paratleta percorreu 62,2 quilômetros entre a Praia do Porto da Barra, em Salvador e o Morro de São Paulo, localizada na ilha de Tinharé, no município de Cairu, na Bahia.

O desafio aconteceu entre os dias 19 e 20 de dezembro de 2015. O baiano foi acompanhado por três embarcações de segurança e ainda teve o apoio do amigo Fábio Seligra, que também cumpriu todo o trajeto em sua prancha de stand-up padlle.
 
De acordo com o recordista, a travessia teve por objetivo a preservação dos oceanos e da Baía de Todos os Santos. “Estudei e fiquei abismado com os dados alarmantes que apresentam uma morte eminente dos oceanos, então decidi realizar um projeto para chamar a atenção da sociedade”, revela.
 
Ao completar o desafio, Ricardo teve a sensação de dever cumprido. “Foi um ano e meio treinando duro. Muita gente duvidava, mas conseguimos mostrar que todos nós somos capazes quando acreditamos em algo e principalmente nos dedicamos com seriedade e planejamento”.
 
Este é o segundo recorde do nadador junto ao RankBrasil. O primeiro surgiu de uma prova intermediária. Segundo ele, o título agora veio coroar de êxito toda a trajetória desse projeto ambiental. “A homologação por essa instituição de tanto prestígio dá ainda mais força para continuarmos em defesa do meio ambiente e fazendo com que nossa causa tenha um alcance maior”.
 
Pelo título brasileiro ele agradece inicialmente a Deus; à sua família, em especial à esposa por todo apoio; e aos amigos que de alguma maneira o ajudaram. “Também agradeço às empresas e profissionais que não só acreditaram, mas sonharam comigo esse sonho de um mundo melhor”, destaca.  

Todos os desafios realizados dentro deste projeto, inclusive a prova final até o Morro de São Paulo foram filmados em alta resolução com o objetivo de produzir um documentário. Para tanto, Ricardo precisa de empresas interessadas em apoiar a causa.
 
Tubarões e outros obstáculos
Conforme o nadador, o momento mais tenso da travessia ocorreu quando teve a visita de tubarões. “Chegando à metade do caminho recebi mordiscadas nos dedos dos pés. Eram pequenos cações, ainda filhotes, mas fiquei com muito medo”.
 
Pouco tempo depois três cações maiores surgiram e começaram a circular em seu redor. “Chamei Fábio e subi imediatamente na prancha dele. Fiquei apavorado, mas os tubarões estavam apenas curiosos. Por esta experiência Ricardo ficou com pânico de nadar a noite. “Eu não enxergava nada e passei a noite rezando, pedindo proteção”.
 
Outro obstáculo foram as fortes dores nos ombros. “A impressão era como a de uma corda de violão sendo tensionada: nadava forte e quando sentia que a corda ia estourar eu diminuía o ritmo”. Ao amanhecer o baiano ficou aliviado por conseguir enxergar, mas seus ombros estavam em frangalhos. “Não imaginava como seria nadar mais 25 metros e ainda faltavam aproximadamente 2,5 quilômetros”.
 
Na reta final surgiu mais um problema: a correnteza o tirava do ponto de destino, jogando toda a expedição para o lado oposto. “Meu técnico Bruno Vasconcelos me incentivou muito mandando que eu nadasse até a terra de qualquer jeito”, comenta.
 
Apesar da dor ele pensou: “Vou conseguir! Cerrei os dentes e dei um 'tiro' em direção a Primeira Praia, fui chorando de dor até que consegui entrar. Então veio o choro de felicidade. Quando vi a areia se aproximando reconheci aquela paisagem que tantas vezes mentalizei durante os treinamentos: agora tudo era real”.

Superação humana
Ricardo tem uma história de superação. No ano de 2009 sofreu três AVCs isquêmicos e teve que implantar uma prótese cardíaca. Em 2010 rompeu todos os ligamentos do tornozelo esquerdo e perdeu 40% da capacidade de movimento do membro.

Junto ao RankBrasil, o paratleta também possui o recorde de Maior distância percorrida em piscina durante 24 horas, conquistado em 2015, quando nadou 57 km e 750 m em uma piscina de 25 m, em Salvador (BA).

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