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16/06/16 às 00:05

Grevismo atrapalha o ano letivo

Aline Almeida - Diário de Cuiabá

Edição para Agua Boa News, Clodoeste Kassu

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O final do primeiro semestre está próximo e, o que normalmente seriam as férias escolares para os alunos da rede estadual de Mato Grosso, transformou-se num cenário indefinido. Há mais de duas semanas os funcionários da rede estadual de educação aderiram à greve dos demais servidores estaduais que cobram o pagamento de reajuste salarial (RGA).

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso, a paralisação já atingiria 85% das escolas e 90% dos servidores.

Com a paralisação, o calendário dos alunos certamente sofrerá impacto, já que os 200 dias letivos precisam ser cumpridos. A Secretaria de Estado de Educação afirmou que, hoje, 535 escolas estão paralisadas devido à greve.

Afirmou ainda que tem mantido o diálogo com os servidores no sentido de pôr fim à paralisação. A secretaria confirmou que as pautas dos servidores: Reajuste Geral Anual (RGA), as Parcerias Público-Privadas (PPPs) e a realização de um novo concurso público para a Educação, estão sendo discutidas.

O Sindicato dos Profissionais da Educação, por sua vez, alega que nunca se reuniu com o secretário de Estado de Educação, Marco Marrafon, para discutir o assunto, apesar de já ter solicitado. “Manteremos firmes na greve até que o governo nos atenda”, afirmou presidente do Sintep, Henrique Lopes do Nascimento.

VÁRZEA GRANDE - Em Várzea Grande, o calendário escolar também será afetado, já que, somente neste ano, a rede municipal já enfrenta a segunda greve. A primeira foi no mês de março.

Quanto à greve atual, o Sindicato dos Profissionais da Educação em Várzea Grande considerou “inoportuna” a decisão da Justiça que, na terça-feira (14) decidiu que a greve é ilegal. O desembargador Márcio Vidal, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, atendeu ao pedido da Prefeitura de Várzea Grande e declarou a ilegalidade da paralisação municipal, que começou no dia 06 de junho.

A decisão determina o retorno imediato dos grevistas às funções, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 10 mil. Contudo, o sindicato confirmou que a greve continua.

Conforme o sindicato, a decisão do magistrado é intempestiva. A assessoria jurídica deve recorrer da decisão. Os servidores pedem a atualização salarial e o Plano de Cargos, Carreiras e Salários. Isso porque, neste ano o município concedeu reajuste apenas aos professores, desconsiderando os demais servidores.

Hoje os profissionais realizam ato público e caminhada até a Prefeitura, onde ficarão concentrados. A categoria deve realizar assembleia geral em frente do gabinete da prefeita Lucimar Campos (DEM) ao fim da caminhada, para deliberar sobre a posição frente à ilegalidade da greve, além dos encaminhamentos do movimento.

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