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22/07/15 às 12:17 / Atualizada: 22/07/15 às 12:24

Cooperativas e entidades de pesquisa argentinas garantem que capacitação é prioridade

Os integrantes da Missão Técnica Famato/Senar – Argentina 2015 tiveram a oportunidade de conhecer terça-feira (21.07) as diferentes formas que os argentinos utilizam para incentivar o homem do campo a se capacitar. Na cooperativa Sancor, localizada na cidade de Sunchales,  província (Estado) de Santa Fé,  que tem 1.200 tambos (fazendas) associados,  além dos treinamentos, é ofertado o acompanhamento técnico. "Orientamos o tanto o produtor quanto o trabalhador diariamente e, assim, ele aprende fazer fazendo", explica o gerente de Relações e Comunicações da Sancor,  Sérgio Montiel.
 
Apesar de não saber precisar o montante de recursos que a Cooperativa Sancor investe em capacitação, Montiel garante que o investimento é alto porque este é um assunto importante e prioritário. Ele diz ainda que a maior parte dos treinamentos é aula prática realizada no campo. "Acreditamos que as pessoas só aprendem fazer fazendo e por isso preferimos  trabalhar com grupos pequenos  na propriedade.  A maior parte de nossos treinamentos é voltado para a área de reprodução e nutrição animal".
 
Além dos treinamentos, a Sancor promove dias de campo, palestras e seminários. "Queremos capacitar o trabalhador rural e o produtor. Sendo assim, oferecemos treinamentos na área de gestão para que eles possam melhorar a forma de administrar as atividades na propriedade", diz Montiel ressaltando que toda capacitação é gratuita e voluntária para os associados. "Porém para os que não são vinculados há um custo".
  
Outro centro de disseminação de tecnologias e de informação na Argentina é o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta) outro local visitado pelos integrantes da Missão Técnica Famato/Senar – Argentina 2015. O engenheiro agrônomo, Javier Caporno conta que além de receber os produtores nas unidades experimentais para mostrar os resultados das pesquisas, também realiza dias de campo, palestras e acompanhamento técnico.
 
Segundo ele, o melhor resultado é o do acompanhamento técnico porque é possível medir os resultados da capacitação. "Já para os produtores que nos visitam ou participam dos dias de campos repassamos a informação, mas não temos controle de como ela será utilizada".
 
Para o integrante da Missão Técnica e produtor rural Valdir Correa da Silva não há muitas diferenças entre a forma de qualificar o homem do campo mato-grossense se comparado à de Santa Fé, na Argentina. "O que existe é uma questão cultural. Em Mato Grosso o índice de analfabetismo é alto entre os trabalhadores do campo e em Santa Fé a maior parte tem pelo menos o ensino básico. Esse fator faz muita diferença, ou seja, facilita a introdução de novas tecnologias e, consequentemente a capacitação e a profissionalização".
 
A coordenadora da Equipe de Pedagogia do Senar-MT, Rosana Rocha Schmidt, acrescenta que não é possível profissionalizar se a pessoa não está escolarizada, ou seja, que tenha o ensino fundamental completo. "Na Argentina percebemos que os trabalhadores do campo têm uma escolaridade média e, por isso, buscam capacitação na área de tecnologias".
 
Outra diferença apontada pela coordenadora é que com relação aos processos feitos em cada etapa da produção. "Nas propriedades que visitamos tudo é muito bem definido e estruturado.  Assim fica muito mais fácil capacitar".

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