Notícias / Agronegócios

04/06/16 às 13:56

PLANO REJEITADO - Grupo com dívidas de R$ 180 milhões corre risco de falência em Mato Grosso

Juiz agora decidirá se homologa plano de recuperação o decreta falência

Rafael Costa - Folha Max

AGUA BOA NEWS

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Os credores da empresa Grupal Agroindustrial S/A rejeitaram nesta sexta-feira a proposta de pagamento das dívidas apresentadas em uma assembleia geral realizada nesta sexta-feira por discordar do plano de pagamento das dívidas que somam cerca de R$ 180 milhões. Por conta disso, o grupo empresarial composto pela Grupal Agroindustrial, Grupal Corretora de Mercadorias Ltda, Itahum Comércio, Transporte Exportação Ltda, Padrão Agroindustrial Ltda e Empresa Matogrossense de Agronegócios Ltda poderá ter sua falência decretada pela Justiça nas próximas semanas. 

O administrador judicial, advogado Flaviano Taques, vai encaminhar o resultado da votação ao juiz da 1ª Vara Cível de Cuiabá, Cláudio Roberto Zeni Guimarães. Ele poderá homologar o plano de recuperação judicial ou decretar a falência do grupo empresarial. 

A Grupal Agroindustrial, com base em Sorriso, atua no mercado do agronegócio há mais de duas décadas. Presta serviços na produção da lavoura, passando por fornecimento de insumos para agricultores, armazenagem de grãos e logística de escoamento da produção.

Participa ativamente do processo produtivo do agronegócio através da industrialização do Biodiesel e esmagadora de grãos. 

Inicialmente, informou que acumulava dívidas de R$ 180 milhões. Porém, auditorias realizadas nas contas da empresa reduziram o valor dos débitos para R$ 113 milhões.Em março deste ano, foi autorizado pela Justiça a quebra do sigilo bancário do conglomerado Grupal devido a suspeita de fraudes na ordem de R$ 17,9 milhões. 

A quebra de sigilo bancário atendeu pedido do advogado Flaviano Taques Figueiredo, administrador judicial do grupo. Foi descoberto que uma perícia solicitada apontou fraude superior a R$ 17,9 milhões nas contas da recuperação judicial, referente aos empréstimos concedidos pelos Fundos de Investimentos Multisetorial I e II, e Fundo Piatã.

Conforme o advogado, os fundos depositaram nas contas da Grupal a quantia de R$ 35,1 milhões, mas, durante a recuperação, se intitularam credores de R$ 53,1 milhões. Na assembleia de ontem, 71,35% das empresas credoras rejeitaram a proposta de pagamentos feita pela Grupal.

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