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31/05/16 às 21:28

Equipe se reúne para negociar com Fórum; servidores protestam

Welington Sabino, A Gazeta Digital

Edição para Agua Boa News, Clodoeste Kassu

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Equipe se reúne para negociar com Fórum; servidores protestam

Foto: Chico Ferreira/A Gazeta

(Atualizada às 19h10) Terminou sem acordo, e sem qualquer proposta por parte do governo de Mato Grosso, a reunião entre os secretários de Estado, Paulo Taques (Casa Civil) e Paulo Brustolin (Sefaz) com representantes do Fórum Sindical. O governo do Estado pediu prazo de 48 horas para negociar recursos em Brasília, onde 2 reuniões serão realizadas nesta quarta-feira (1º). Depois, voltam a se reunir na quinta-feira (2) às 16h na Secretaria de Gestão (Seges). 

Uma das reuniões será entre Paulo Brustolin e o secretário executivo do Ministério da Fazenda, para debater sobre a dívida pública dos estados com a União. A outra reunião será entre o governador Pedro Taques (PSDB)  com o presidente interino Michel Temer (PMDB), ao meio dia, para "tratar de temas de interesse de Mato Grosso". 

Paulo Bustrolin e Paulo Taques se reuniram a portas fechadas por cerca de 40 minutos com representantes do Fórum Sindical, para discutir a contraproposta dos servidores para o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA). Ao final, eles atenderam a imprensa e Taques explicou que o governo estava fechando um estudo para trazer uma nova proposta ao Fórum Sindical, mas surgiram os 2 fatos novos (reuniões em Brasília).

Uma sessão extraordinária do Confaz em Brasília e na pauta, Brustolin e os representantes do Ministério da Fazenda vão debater a dívida pública dos estados com a União. “Pode haver, inclusive, uma moratória de alguns meses na dívida dos estados coma União. Pode haver, é um dos pontos que podem ser debatidos amanhã. Esta é uma medida que com certeza interfere no nosso estudo sobre a proposta que vai ser apresentada aqui”, disse Paulo Taques.

Conforme o secretário, serão discutidos ainda temas que interferem diretamente no reajuste dos salários de servidores públicos do Brasil inteiro. “Então há condicionantes. A União pode querer alguma contrapartida. Outro fator que segundo Paulo Taques precisa ser levado em conta, é que na tarde desta terça-feira uma agenda do governador Pedro Taques com o presidente interino Michel Temer foi marcada para ocorrer às 12h desta quarta-feira.

“Por óbvio que o governador Pedro Taques mantém uma relação política e de amizade pessoal com o presidente Michel Temer que não tinha com a ex-presidente da República, hoje afastada, Dilma Rosseff. O governador vai tratar de temas de interesse de Mato Grosso: repasses da União e tudo mais que já sabemos. É uma outra reunião que dependendo do seu resultado, pode interferir também nessa nossa proposta", adiantou Taques.

Taques disse que ao pedir a transferência da reunião para a próxima quinta-feira, deixou claro aos sindicalistas que não se trata de uma tentativa de procrastinação, até porque, segundo ele, ninguém procrastina nada por 2 dias. “O que nós queremos é aprimorar e concentrar esforços para talvez com informações e decisões que vão correr amanhã fazer uma proposta diferente da que faríamos hoje”, disse o chefe da Casa Civil ao informar que o governo estava analisando a contraproposta do Fórum Sindical que é de receber os 11,28% da RGA ainda este ano.

“Estavamos fechando nosso estudo para fazer a contraproposta. Suspendemos e tomamos essa decisão. O governador entende que é uma negociação de absoluta importância e prioritária por isso não podemos correr o risco de fazer uma proposta hoje e depois de amanhã ter que mudá-la”. Segundo ele, na reunião  oram debatidos números com os sindicalistas. Para Taques, “é desnecessária a greve nesse momento porque estamos em franca negociação”.

Movimentação e protesto lá fora durante reunião

Enquanto a reunião seguia no auditório da Secretaria de Gestão, do lado de fora milhares de servidores protestam contra o governo do Estado pelo corte da RGA nos salários de maio, pagos nesta terça-feira (31).

O governador havia proposto RGA de 5% em 2 parcelas, em setembro e janeiro de 2017. Os servidores, através do Fórum Sindical, aceitam o índice de 11,28% divididos ao longo deste ano mas retroativo ao mês de maio.

PPPs

Além dos funcionários públicos, o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) realiza manifestação em repúdio ao projeto de implantação de Parcerias Público Privadas (PPPs) para cuidar das estruturas físicas das escolas estaduais.

 
Profissionais da Educação e estudantes engrossam no Centro Político Administrativo (CPA) o protesto iniciado pelos servidores públicos em greve, gritando palavras de ordem contra o governador Pedro Taques (PSDB).
Foto: Chico Ferreira, A Gazeta

 

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