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05/05/16 às 21:34

Perdas na safrinha de milho superam os 70% em Querência

Fernanda Custódio - Notícias Agrícolas

Edição para Agua Boa News, Clodoeste Kassu

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Milho: Lavouras estão há mais de 40 dias sem chuvas. Rendimento médio deve ficar entre 30 a 40 scs/ha, contra uma média de 90 a 100 scs/ha da safra anterior. Produtores estão preocupados com os contratos fechados antecipadamente. Prejuízos na safrinha devem impactar o planejamento da próxima temporada.

Na região de Querência (MT), as lavouras de milho safrinha também foram afetadas pelas adversidades climáticas e as perdas podem superar os 70% nesta temporada. Algumas áreas estão há mais de 40 dias sem chuvas e não há previsões do retorno das precipitações para a localidade nos próximos dias.

Diante desse cenário, a produtividade média das plantações deve recuar de 100 sacas por hectare, observado em 2015, para algo entre 30 a 40 sacas por hectare nesta safra, conforme pondera o vice-presidente do Sindicato Rural do município, Osmar Frizzo. De acordo com dados do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), o rendimento médio do estado deve cair para 90,7 sacas por hectare, contra a média de 108,6 sacas por hectare registrada na safra anterior.

“As lavouras não conseguem mais se recuperar. Temos algumas localidades em que as plantações estão melhores, pois receberam chuvas pontuais, mas são áreas pequenas. As últimas lavouras não estão nem pendoando. São poucos os produtores que têm seguro e, muitos não irão conseguir acionar, pois cultivaram o grão fora da janela ideal, que terminou no dia 20 de fevereiro”, explica Frizzo.

Consequentemente, mais uma vez, o prejuízo ficará ao produtor rural nesta temporada. Além disso, há uma grande preocupação em relação aos contratos feitos anteriormente, já que muitos agricultores não terão o produto para cumprir as negociações.

“Precisaremos da compreensão das empresas. Os produtores querem com as suas obrigações, mas infelizmente temos esse cenário. Isso sem contar que a qualidade do milho também não será boa para a exportação. Orientamos aos agricultores que tirem fotos e façam laudos das suas áreas para ter embasamento para negociar com as empresas mais adiante”, orienta o vice-presidente.

Soja

Esse é o segundo prejuízo para muitos produtores rurais da região, uma vez que, as lavouras de soja cultivadas tardiamente também foram afetadas pelo clima irregular. A estiagem registrada em fevereiro, no momento do enchimento de grãos, derrubou o rendimento das plantações para algo entre 30 a 40 sacas da oleaginosa por hectare.

“Esses dois prejuízos irão comprometer o planejamento da próxima safra. São dois momentos em que não tivemos uma boa colheita. O agricultor está preocupado com a implantação da próxima temporada, as negociações estão lentas e há uma expectativa grande para saber o que irá acontecer a partir de agora. Já temos um menor movimento na cidade e toda a região foi afetada por esse quadro”, finaliza Frizzo.


Osmar Frizzo: Confira no vídeo relacionado abaixo entrevista de acompanhamento de safras

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