Lívia Nery dos Anjos, mãe da garotinha Lívia Raquel de 4 anos que faleceu após ser estuprada, foi ouvida na delegacia de Aragarças-GO nesta segunda-feira (25/4) após ter sido conduzida coercitivamente pela Polícia Civil. O crime aconteceu na cidade de Bom Jardim-GO.
Esse novo depoimento da mãe de Lívia foi no sentido de esclarecer se ela tinha ou não conhecimento sobre as supostas violências praticadas pelo padrasto de 28 anos, que se encontra preso, contra a menina que morreu em função de hemorragia no pulmão.
De acordo com legistas, essa hemorragia foi causada por alguma compressão no peito da criança provavelmente durante o ato sexual. “Nós decidimos ouvir novamente a mãe porque ela estava agindo com muita indiferença diante da forma brutal que a filha morreu e ela até demonstrando uma intenção de proteger o esposo desta acusação”, destacou Galvão.
Durante esse novo interrogatório, a mãe chorou e voltou afirmar que nunca viu nenhum ato de violência do esposo contra a filha e por isso não tinha motivo para desconfiar dele. Após ser ouvida, o delegado achou por bem libera-la.
A investigação continua com relação ao principal suspeito, padrasto que está preso. "Nós recebemos uma ligação segunda-feira dos legistas reafirmando que a criança foi violentada sexualmente e detalhando as lesões que ela tinha pelo corpo", explicou o delegado.
A pequena Lívia começou a passar mal no dia 15/4 e foi levada várias vezes ao hospital de Bom Jardim como seu quadro médico piorou, ela foi levada pela tia no dia 18/4 ao Pronto Socorro de Barra do Garças onde faleceu na madrugada de 19/4.
E foi no hospital de Barra do Garças, que os enfermeiros estranharam a presença de hematomas no corpo da vítima e acionaram a polícia. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) que constatou sinais de abuso na criança e classificou a morte como “violenta”.
A perícia informou que provavelmente Lívia foi abusada na tarde do dia 18/4 quando segundo a polícia estavam com ela em casa: o padrasto e a mãe.
Um exame de DNA foi solicitado porque foi encontrado sêmen na criança cujo comparativo permitirá a polícia confirmar se realmente foi ou não o padrasto autor do ato sexual. Caso fique confirmado, o suspeito responderá por estupro de vulnerável seguido de morte. A pena para este crime varia entre 12 e 30 anos.