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20/04/16 às 10:06 / Atualizada: 20/04/16 às 10:18

MT lidera ranking de acidentes com aviões agrícolas no país, diz Cenipa

No último ano, oito acidentes com aeronaves agrícolas foram registrados. Voos no campo são usados para lançar defensivos agrícolas nas lavouras.

Do G1 MT

ÁGUA BOA NEWS

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MT lidera ranking de acidentes com aviões agrícolas no país, diz Cenipa

Foto arquivo acidente na Fazenda Jucarama do Grupo Itaquerê em Água Boa no dia 13 de dezembro de 2014

Foto: Água Boa News

Detentor da maior frota de aviões agrícolas do país, com 467 aeronaves, Mato Grosso é o primeiro no ranking de estados em número de acidentes em voos para pulverização de lavouras no país. De acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em 2015 foram registrados oito acidentes com aviões agrícolas, dois deles com vítimas fatais.

No ano passado, Mato Grosso registrou 15 acidentes aéreos em todo o estado, sendo oito com aeronaves agrícolas. O estado ocupa o primeiro lugar no ranking dos acidentes com esse tipo de aviões.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a fiscalização em aeronaves do estado é contínua. O órgão informou que realiza operações especiais em aeroportos para aumentar a segurança no setor agrícola. A última operação em Mato Grosso aconteceu em 2014.

Aeronaves agrícolas

Os voos agrícolas são usados para lançar defensivos agrícolas e fertilizantes nas lavouras. O serviço é escolhido pela velocidade e precisão na aplicação dos produtos. Além disso, os produtores preferem os aviões porque as plantas não são esmagadas, nem danificadas.

Toni Gel de Oliveira, gerente de pátio de uma fazenda em Colíder, a 648 km de Cuiabá, viu um desses acidentes bem de perto. Ele  teve que pular do trator em que trabalhava para salvar a vida. “Na hora que eu desliguei o trator, escutei o barulho do avião vindo. Foi só o tempo de pular no chão”, conta.
Quando estava no chão, Toni viu a aeronave se espatifar ao se chocar com postes de energia elétrica. Por causa da queda ele teve fraturas na coluna e segue em tratamento. O passageiro do avião morreu na hora. O piloto segue internado também em tratamento.

Causas

Segundo André Bellandi, diretor de uma escola de aviação em Cuiabá, a falta de experiência da maior parte dos pilotos é um fator que leva ao alto número de acidentes. “As empresas contratantes não exigem as horas devidas e isso acaba aumentado os riscos”, afirma.

Para estar apto a pilotar aeronave desse tipo, o aluno deve ter pelo menos 370 horas de voo. O aluno que deseja pilotar um avião agrícola deve antes passar pelos cursos de voo privado e comercial, disponíveis no estado. Só depois pode ir ao sudeste ou sul do país ter cursos específicos do setor agrícola.

De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Nelson Antônio, o voo agrícola é um dos mais difíceis de ser realizado pelas dificuldades no percurso. “O voo é feito entre três e quatro metros do solo”, explica. Além disso, podem aparecer obstáculos como árvores e fios de rede elétrica.

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