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27/01/24 às 11:08 / Atualizada: 27/01/24 às 11:12

Mortalidade infantil nas aldeias indígenas da região de Campinápolis é pauta de reunião

Ana Luíza Anache / MPMT

AguaBoaNews

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Mortalidade infantil nas aldeias indígenas da região de Campinápolis é pauta de reunião

Foto: Assessoria

Com o objetivo de discutir estratégias para o enfrentamento à alta taxa de mortalidade infantil nas aldeias indígenas da região de Campinápolis, a Promotoria de Justiça da comarca realizou uma reunião na manhã desta sexta-feira (26), no Sindicato Rural do Município. Cerca de 25 pessoas estiveram presentes, entre representantes do Ministério Público de Mato Grosso, da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), da Casa de Saúde Indígena (Casai) e do grupo salesiano. 

Na abertura da reunião, o promotor de Justiça Fabricio Miranda Mereb explicou o motivo da convocação e destacou a urgência de se adotar medidas para reduzir os índices. Conforme o assessor técnico do Departamento de Atenção Primária à Saúde Indígena (DAPSI) da Sesai, Edemilson Canela, a taxa de mortalidade infantil é alarmante e atinge 66 óbitos a cada 1000 nascimentos. A questão é agravada por problemas na mobilidade (falta de viaturas) que refletem na dificuldade de remoção, bem como pela limitação orçamentária do Município que impacta na prestação de serviços de saúde nas áreas indígenas.

Entre as estratégias e encaminhamentos propostos na reunião destacam-se a implantação de um laboratório avançado para atendimento aos indígenas; estruturação de uma rede diagnóstica de imagem; acompanhamento de gestantes; definição de protocolos para atendimento aos indígenas; estabelecimento de parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para qualificar a população indígena sobre segurança alimentar; e articulação junto à instituições competentes para garantir acesso a políticas públicas. 

Outros problemas – O representante da Casai, Crystopher Alves Lobo Ferreira, enfermeiro coordenador do Polo Base, apontou como entrave a carência de profissionais de saúde para atender uma população de 11 mil indígenas, com um enfermeiro para cada 2 mil, a falta de insumos para atendimento, e defendeu o aumento das visitas os profissionais da saúde às cerca de 160 aldeias. Já o apoiador técnico de Saneamento, Jorge Apolo Balbino,  relatou problemas referentes à saneamento básico e oferta de serviços como energia elétrica para essa população.

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