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11/12/23 às 07:41

Mãe das siamesas Laura e Larissa acompanha filhas na UTI diariamente e acredita na recuperação: ‘Vai dar tudo certo’

Kátia Márcia Cardoso conta que as gêmeas ainda não tem previsão de alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e que o quadro delas é grave, mas estável.

Vanessa Chaves, Bárbara Ferreira, g1 Goiás

AguaBoaNews

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Conheça as siamesas Lara e Larissa, que estão na UTI em Goiânia após nasceram unidas pelo tórax, abdômen e bacia — Foto: Divulgação/Hecad
Conheça as siamesas Lara e Larissa, que estão na UTI em Goiânia após nasceram unidas pelo tórax, abdômen e bacia — Foto: Divulgação/Hecad
 
A mãe das siamesas Kátia Márcia Cardoso, de 36 anos, tem acompanhado diariamente as filhas no hospital. Ela conta que Laura e Larissa ainda não tem previsão de alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e que o quadro delas é grave, mas estável.
 
“Vai dar tudo certo. Estou por elas e no tempo delas, agora é ter paciência e pensar que está nas mãos de Deus e dos médicos. Minha vontade é que elas melhorem logo, mas nem tudo é como a gente quer e eu estou aqui com elas o tempo que precisar”, disse a mãe.
 
Kátia contou ao g1 que pode visitar as filhas todos os dias. O esposo dela e pai das meninas precisou ficar na cidade deles, em Parauapebas, no Pará, para trabalhar. Ela está sozinha em Goiânia em uma casa de apoio da OVG.
 
“Eu espero que elas se recuperem, fiquem bem e possam voltar para nossa cidade. Os médicos me adiantaram que para pensar na cirurgia geralmente são quando as crianças completam 1 ano”, conta ela.
 
Kátia conta que o processo será longo, porque tudo depende de como as gêmeas vão reagir. “A prioridade é a recuperação delas e depois a separação. É Deus quem manda e vamos vivendo um dia de cada vez”, ressalta a mãe.
 
Laura e Larissa
 
As siamesas Lara e Larissa nasceram unidas pelo tórax, abdômen e bacia em Goiânia. A mãe ganhou as meninas no dia 11 de outubro.
 
Segundo o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), elas estão sedadas, entubadas e se alimentam por sonda.
 
O parto das siamesas aconteceu no Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu) e por lá ficaram 59 dias em estado gravíssimo. Elas foram estabilizadas e transferidas para o Hecad.
 
A transferência das gêmeas aconteceu na última terça-feira (5). Juntas, elas pesam 3,6 kg, segundo o cirurgião pediátrico Zacharias Calil, que fez o acompanhamento pré-natal da mãe das crianças desde o mês de setembro.
 
O parto das meninas durou cerca de 1h30 minutos, sendo assistido por uma equipe multidisciplinar do Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu). Kátia é casada e tem uma filha, de 6 anos.
 
O médico Zacharias Calil é especialista em casos de gêmeos siameses e pioneiro no procedimento de separação de siameses em Goiás. Ele contou que o quadro clínico das recém-nascidas mudava a cada minuto e, por detalhes, piorava, tornando o período um desafio para os profissionais.
 
“Não foi tarefa fácil, mas a equipe nunca desistiu. Sempre acreditando na vida, mesmo diante das mínimas chances de sobrevivência. Parabéns aos guerreiros e heróis do Hospital Estadual da Mulher”, diz Zacharias Calil.

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