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13/02/16 às 09:25

Família vê pouco caso na busca por piloto que está desaparecido há 60 dias

Jéssica Moreira, repórter do GD

Edição: Agua Boa News, Clodoeste Kassu

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Neste sábado (13) completam dois meses do desaparecimento do piloto agrícola Reverson Luis Bonan, 38. Ele sumiu em 13 de dezembro após um voo que saiu de Mato Grosso com destino a uma fazenda na cidade de Ponta Porã (MS). Até o momento a família não recebeu nenhuma notícia do paradeiro dele.

A esposa de Reverson, Adriana Cristina da Silva, disse que a falta de informações faz a família toda sofrer ainda mais e deixou os pais dele em um quadro de depressão. “Nosso filho de 1 ano e 7 meses está tomando calmante e sendo acompanhado por psicólogo porque ele só chora em casa chamando pelo pai. Como explicar para um bebê um caso de desaparecimento ?”.

Para Adriana e toda a família, a polícia está fazendo pouco caso do desaparecimento por não apresentar novidades durante os 60 dias de investigação. “Eles estão negligenciado. Quero meu marido em casa. A polícia precisa fazer o seu papel e dar andamento as investigação. Estou cansada das mesmas respostas que não dizem nada”.

A esposa acredita que ele foi sequestrado por traficantes e que esteja vivo. “Tem algo dentro de mim que diz que ele está vivo. Se tivesse morto já estaríamos sabendo até porque notícia ruim chega rápido. Só não aquentamos mais sofrer por falta de resposta”.

A irmã do piloto, Adriana Bonan, está revoltada com o andamento das investigações e desabafou em seu perfil na rede social. “Queria ver se fosse filho de uma pessoa importante se estava esse pouco caso. Mas como é filho de um homem trabalhador e honesto não estão nem aí”.

Erro no envio do inquérito
Um erro no envio do inquérito referente ao desaparecimento do piloto fez a família sofrer mais. O caso era investigado pelo delegado de Ponta Porã (MS), Jarley Inácio de Souza, que "errou" ao encaminhar diretamente para a Polícia Federal (PF) e não para a Justiça Estadual.

O envio direto só ocorre quando não foi iniciada investigação pela Polícia Civil. O que deveria ter sido feito pelo delegado, segundo a PF, é o encaminhamento para a Justiça Estadual que remeteria a quem de competência para prosseguir com as investigações.

Agora o caso foi enviado para a Justiça e aguarda a decisão judicial para verificar se foi deferido o declínio de competência para a Polícia Federal.

Outro lado
O delegado coordenador de operações do interior da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Wellington de Oliveira, que é chefe do delegado responsável pelo caso, Jarley Inácio de Souza,disse em entrevista ao GD que a polícia civil fez tudo que estava em sua competência.

Como a cidade de Ponta Porã, onde Reverson desapareceu é fronteira com os países Paraguai e Bolívia algumas diligencias só podem ser realizadas com autorização da justiça. Até o momento não foi autorizado pelo juiz a quebra de sigilo telefônico da vítima.

Entenda o caso
Reverson está desaparecido desde o dia 13 de dezembro após um voo que saiu de Mato Grosso com destino a uma fazenda na cidade de Ponta Porã (MS).

O último contato dele com a família foi por mensagem de celular por volta das 21h. Ele mora no bairro Tijucal em Cuiabá com a esposa e um filho de 1 ano e 6 meses.

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