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12/12/22 às 08:58 / Atualizada: 12/12/22 às 09:07

Mais um Recorde - MT terá oferta histórica e sustentada pelo milho e algodão

Pelo 12º ano consecutivo, o Estado será o maior produtor nacional de grãos de fibras

Marianna Peres

Diário de Cuiabá

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Mais um Recorde - MT terá oferta histórica e sustentada pelo milho e algodão

A estimativa para a safra 2022/23, em Mato Grosso, aponta para mais recorde anual de produção: 90,05 milhões toneladas (t),

Foto: Divulgação

A estimativa para a safra 2022/23, em Mato Grosso, aponta para mais recorde anual de produção: 90,05 milhões toneladas (t), volume que se confirmar, será 4,1% maior que o recorde anterior em 86,48 milhões t. Pelo 12º ano consecutivo, o Estado será o maior produtor nacional de grãos de fibras.    

Esses e outros números constam no terceiro levantamento da safra de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ontem. A safra – mais uma vez histórica – será garantida pelas projeções ao algodão e ao milho, culturas com alta anual de 18,9% e de 7,2%, respectivamente. A soja, carro-chefe do agro mato-grossense, deve aumentar a produção em 0,5%. Nesse cenário, Mato Grosso vai ofertar em 2023, mais milho do que soja.      

Para o algodão estadual, a Conab projeta oferta de 2,09 milhões t, 18,9% acima das 1,76 milhão t da safra 2021/22.  

  Para o milho segunda safra, Mato Grosso deverá contabilizar 44,07 milhões t, 7,2% a mais em relação ao consolidado em 41,10 milhões t.

 A soja segue com previsão de estabilidade. Os técnicos da Companhia estimam uma oferta de 41,69 milhões t para esta safra, 0,5% sobre os 41,49 milhões t do ciclo anterior.
  
Para o País, a Conab indica uma produção de 312,2 milhões t, 15% ou 40,8 milhões t superior à obtida em 2021/22. Com a conclusão da semeadura das culturas de primeira safra em dezembro, as atenções se voltam para a evolução das lavouras e os efeitos do comportamento climático, que deverá definir a produtividade. Com relação à estimativa anterior, anunciada em novembro, quando foram projetadas 313 milhões de toneladas, os dados mostram um ajuste no volume total produzido, em função da menor produtividade do milho e redução na área de arroz.    

Com a área total de plantio no país estimada em 77 milhões de hectares, a agricultura brasileira mantém a tendência de crescimento observada nos últimos anos, também com previsão de recorde. O resultado equivale a um crescimento de 3,3% ou de 2,49 mil hectares sobre a área da safra 2021/22.

Nas pesquisas realizadas para esse levantamento, a evolução da semeadura das culturas de primeira safra apresenta um leve atraso. “Essa cautela dos produtores é natural em um cenário climático que apresenta excesso de chuvas e baixas temperaturas, sobretudo em parte dos estados das regiões Sul e Sudeste, e ainda as restrições hídricas e baixa umidade do solo na região Centro-Oeste e no Matopiba. Ainda assim, a produção estimada para a safra 2022/23 continua recorde”, afirma o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro. 

  No caso da soja, a terceira estimativa para a área de plantio, no atual ciclo, aponta para crescimento de 4,6% sobre a safra passada, situando-se em 43,4 milhões de hectares. A conclusão da semeadura está prevista para o final de dezembro e as condições climáticas vêm beneficiando as lavouras. “Durante o levantamento de campo, identificamos que a leve redução na produtividade sobre a estimativa do mês anterior foi compensada pelos acréscimos nas áreas, em especial no Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Minas Gerais”, afirma o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Conab, Sergio De Zen. “Com relação à produção, a safra de soja em curso deve chegar a um volume recorde de 153,5 milhões de toneladas, 22,2% ou 27,9 milhões de toneladas acima da obtida na safra anterior”.    

  Para o milho, a Conab prevê uma produção total de 125,8 milhões de toneladas na safra 2022/23, com aumento esperado de 11,2% comparado à safra anterior. O plantio do milho primeira safra avançou em todas as regiões produtoras do cereal. “No Rio Grande do Sul, a diminuição e irregularidades de chuvas em novembro, aliadas às altas temperaturas, provocaram sintomas de déficit hídrico nas plantas”, esclarece a superintendente de Informações da Agropecuária, Candice Santos.

. “O clima afetou principalmente as áreas que se encontram no estágio reprodutivo. Diante disso, a Conab mantém o monitoramento das lavouras para avaliar os possíveis impactos, o que pode intensificar as quedas já registradas no rendimento do milho no Estado”.

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