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10/02/16 às 10:46

Campanha da Fraternidade deste ano vai ser ecumênica

O tema “Casa Comum, Nossa Responsabilidade” discutirá saneamento básico nesta Quaresma

Redação Água Boa News com jornais

AGUA BOA NEWS

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Em tempos de zika, dengue, falta de água e saneamento básico, degradação do meio ambiente,  o tema da Campanha da Fraternidade (CF) não poderia ser mais propício: “Casa Comum, Nossa Responsabilidade”, com conscientização para questões relativas ao saneamento básico, saúde integral e qualidade de vida e uma vida digna aos cidadãos do Brasil. “A Campanha este ano ainda é ecumênica, ou seja, não está voltada só para os católicos e sim aberta a todos, aos que professam a fé cristã, aos budistas, xintoístas, agnósticos, ateus, enfim, a todos mesmo”, esclarece  Gérson Luiz Alves Pinheiro, coordenador diocesano da Campanha da Fraternidade. 

Durante os 40 dias da Quaresma vão ser debatidos os problemas ligados ao lema da campanha baseado no versículo bíblico “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5.24).

Com isso, a reflexão da CF será fazer com que as pessoas se conscientizem para ir além do problemas que afetam o meio ambiente e a vida de todos os seres vivos. “Que é a fragilidade e, em alguns lugares, a ausência dos serviços de saneamento básico em nosso País, o que é direito de todos, o que dá a cada um vida digna. Não há porque existir, ainda, cidadão, gente, vivendo em exclusão”, ressalta o coordenador.

A discussão dos temas e das ações já começou em novembro do ano passado, a partir da liderança dos seis membros da equipe diocesana que está subordinada ao bispo Dom Caetano Ferrari. 
 
Celebração domingo
Embora seja apresentada oficialmente hoje, nas “Missas das Cinzas”, haverá em todas as paróquias, das sete regiões pastorais do bispado local, uma abertura solene na Catedral do Divino Espírito Santo, em Bauru, no próximo domingo, às 10h da manhã, na missa celebrada por Dom Caetano Ferrari.

Essa celebração aos domingos já é uma tradição em Bauru, instituída há cerca de 30 anos, quando o bispo era Dom Cândido Padim. 

As sete regiões pastorais incluem as igrejas de Bauru, Agudos, Arealva, Avaí,  Iacanga, Duartina, Pederneiras, Piratininga, Paulistânia, Lucianópolis, Boracéia e Cabrália Paulista. “Em todas elas, haverá a preocupação de chamar o cidadão para assumir a sua responsabilidade e discutir soluções para os problemas decorrentes do saneamento básico, ou da falta dele, sempre à luz da fé”, explica Gérson.
 
São oito os objetivos
O Papa Francisco considera muito importante alavancar discussões sobre questões ambientais, até porque impactam na saúde pública, e o Brasil vive epidemias de dengue de Norte a Sul,  há mais de uma década, agravada neste momento pelo surto de microcefalia em bebês, especialmente na região Norte/Nordeste. Por isso, oito objetivos foram traçados pela diretriz da campanha.

São eles:

Unir igrejas, diferentes expressões religiosas e pessoas de boa vontade na promoção da justiça e do direito ao saneamento básico.

Estimular o conhecimento da realidade local em relação aos serviços de saneamento básico. 

Incentivar o consumo responsável dos dons da natureza, principalmente da água.

Apoiar e incentivar os municípios para que elaborem e executem o seu Plano de Saneamento Básico. 
Acompanhar a elaboração e a execução dos Planos Municipais de Saneamento Básico.

Desenvolver a consciência de que políticas públicas na área de saneamento básico apenas tornar-se-ão realidade pelo trabalho e esforço conjunto. 

Denunciar a privatização dos serviços de saneamento básico, pois eles devem ser política pública como obrigação do Estado.

Desenvolver a compreensão da relação entre ecumenismo, fidelidade à proposta cristã e envolvimento com as necessidades humanas básicas.

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