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12/09/22 às 14:24 / Atualizada: 12/09/22 às 14:55

Pernambuco e mais 3 estados do Nordeste lideram exportação de frutas no país

Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte também se destacam na comercialização dos produtos

Guilherme Araújo

AguaBoaNews

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Pernambuco e mais 3 estados do Nordeste lideram exportação de frutas no país

Foto: Assessoria

Os estados brasileiros responsáveis por encaminhar as maiores quantidades de frutas ao mercado exterior estão na região Nordeste. É o que aponta o levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas (Abrafrutas), que mostra Pernambuco, Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte como os estados que mais enviaram frutas para o exterior. Foram 780 milhões de dólares em exportações do segmento frutícola, em 2021.

Estados do Nordeste lideram exportação de frutasOs estados brasileiros responsáveis por encaminhar as maiores quantidades de frutas ao mercado exterior estão na região Nordeste. É o que aponta o levantamento realizado pela Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas (Abrafrutas), que mostra Pernambuco, Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte como os estados que mais enviaram frutas para o exterior. Foram 780 milhões de dólares em exportações do segmento frutícola, em 2021.

Estados do Nordeste lideram exportação de frutas


 
De acordo com o ranking analisado em reportagem produzida para a Agência Tatu, Pernambuco se consolidou como o maior exportador de frutas do País, principalmente por conta da cidade de Petrolina, que é referência nacional em fruticultura. A cidade, que fica na região conhecida como Vale do São Francisco, é uma grande produtora de uvas, goiabas e mangas. Somente no ano passado, foi registrada uma receita de US$ 244 milhões na exportação de frutas no estado.

A Bahia é a segunda maior produtora e exportadora do Brasil e, em 2021, foram arrecadados US$ 191 milhões nas vendas de frutas para o comércio exterior. O estado é um polo agrícola nacional no cultivo e envio de mangas, principalmente, para a Europa e os Estados Unidos.

Já o Ceará teve um crescimento nas vendas externas, saindo da quinta colocação em 2020, para a terceira em 2021, quando obteve um faturamento de US$ 178 milhões com a venda de melões, mangas, melancias, entre outras frutas para destinos como Estados Unidos, Holanda, Alemanha e Reino Unido.

A quarta posição fica com o Rio Grande do Norte, que arrecadou US$ 167 milhões em exportações no ano de 2021, com destaque para o melão, já que o estado é o maior produtor e exportador nacional da fruta.

Para o engenheiro agrônomo José Eduardo Brandão, os estados estão cada vez mais buscando vender os seus produtos para fora do país. “Merece destaque o desenvolvimento da fruticultura na região, especialmente em estados como a Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte que, mesmo com as dificuldades climáticas enfrentadas ano após ano, os produtores têm investido com foco no mercado externo”.

Recentemente, em fevereiro deste ano, o Brasil abriu ainda mais o mercado externo, com o primeiro envio de melão para a China. Segundo o Siscomex – Sistema Integrado de Comércio Exterior, cerca de 3,5 toneladas da fruta desembarcaram no Aeroporto de Xangai.

Brasil cresce lentamente no mercado exterior 


De acordo com o levantamento realizado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em 2020, o Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, ficando atrás somente da China e da Índia. Por ano, o país chega a ter cerca de 4,5% do total da produção mundial, o que representa cerca de 39 milhões de toneladas.

No entanto, se a produção brasileira de frutas é destaque no cenário mundial, quando se trata de exportação, o país ocupa a 26ª posição no ranking. Essa divergência nos números se deve a diversos fatores, entre eles as barreiras fitossanitárias estabelecidas por outros países.

“Frutas são produtos in natura caracterizados como alto risco fitossanitário, ou seja, têm grande potencial de levar novas pragas para os países que os recebem. Por isso, os países colocam cada vez mais requisitos para padronizar a qualidade do produto”, explicou Edilene Cambraia, que trabalha no MAPA com negociação dos requisitos fitossanitários.

Mesmo diante desse cenário é possível notar o crescimento do país com relação às exportações. Em 2021, por exemplo, o Brasil enviou cerca de 1,2 milhão de toneladas de frutas para o mercado externo, 18% a mais em relação ao ano anterior, obtendo um faturamento de US $1,060 bilhão. Um dos motivos se deve à valorização da moeda americana frente ao real, segundo a Abrafrutas.

As exportações das frutas nacionais em 2021 tiveram como principais destinos a União Europeia (48%), os Estados Unidos (16%), o Reino Unido (14%), a Argentina (4%) e o Canadá (3%).

“Possivelmente, a retomada da economia mundial e a procura por alimentação saudável em um ambiente de pandemia. Além disso, temos que destacar a qualidade dos produtos brasileiros, bem como a proximidade do maior comprador”, analisou o coordenador-geral de Estatística e Análise Comercial da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Gustavo Cupertino.

Veja as frutas brasileiras mais exportadas em 2021

A manga foi a fruta brasileira mais exportada em 2021, segundo as estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (Agrostat/Mapa). A fruta teve um faturamento de US$ 248 milhões, o que representa um aumento de 0,3% em relação ao ano anterior. Em seguida ficou o melão (US$ 165 milhões), a uva (US$ 155 milhões) e o limão (US$ 123 milhões).

O produto nacional que teve o maior crescimento no ranking geral foi a maçã, com um aumento de 79% em relação às exportações de 2020, saindo de US$ 41 milhões para US$ 155 milhões. Em contrapartida, a laranja teve uma redução na exportação de 78%, saindo de uma receita de US$ 4,2 milhões passou para apenas US$ 953 mil.
 

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