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28/01/16 às 09:06

FATALIDADE - Mudança de rotina fez pai esquecer filho

Criança de dois anos foi esquecida dentro do carro após o pai, delegado, receber um chamado para atender uma ocorrência na delegacia

Diário de Cuiabá

Edição: Água Boa News, Clodoeste Kassu

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Foi sepultado ontem, sob forte comoção, o filho do delegado Geraldo Gezoni Filho, que teve a morte confirmada no final da tarde de terça-feira. A criança de dois anos foi esquecida dentro do carro após o pai receber um chamado para atender uma ocorrência na delegacia. O caso será apurado pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica).

Conforme o relato de Geraldo aos delegados Fausto José Freitas e André Renato Gonçalves, ele estava levando o menino para a escola, por volta das 14 horas, quando recebeu um chamado para tomar providências referentes a um preso que precisava ser encaminhado ao presídio.

A criança dormia na cadeirinha, fixada no banco traseiro do veículo. Como era plantonista do dia, Geraldo Gezoni precisou se deslocar para a delegacia. Ele estacionou o carro no pátio e esqueceu que o filho estava dentro.

No final do dia, ele voltou para casa, onde, junto com a esposa, iria buscar a criança no colégio. Mas, quando a esposa abriu o carro, percebeu a criança desmaiada. “Eles tiraram o menino na tentativa de reanimá-lo, mas sem sucesso”, diz trecho de nota da polícia divulgada à imprensa.

Em um ato desesperador, que foi filmado por um cinegrafista amador e circula nas redes sociais, o casal corre com a criança no colo pela entrada do edifício onde moram. Eles o levaram para um Pronto-Atendimento, onde a morte foi confirmada.

O laudo da morte não foi divulgado, mas acredita-se que a criança tenha sofrido uma desidratação por ter ficado exposta ao sol durante aquela tarde, e até mesmo asfixia. O delegado Geraldo, que atua na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), foi quem acionou as equipes para a liberação do corpo.

O delegado-geral da Polícia Civil, Adriano Peralta Moraes, lembrou que o trágico episódio poderia ter acontecido com qualquer pessoa. “No caso específico, isso causou uma tragédia de proporção imensurável para a família. Hoje toda a Polícia Civil está recolhida ao luto”.

Nos últimos dois anos, três casos como esse foram registrados em Mato Grosso. Embora não seja rotineiro, levantam debates sobre soluções para os pais evitem uma tragédia.

A ONG Criança Segura alerta que mudanças na rotina são as possíveis causas que podem levar o adulto a esquecer da criança, que pode sofrer queimaduras, parada cardíaca e respiratória.

É aconselhado pela ONG deixar algo no banco de trás, como uma bolsa, mochila ou algo que seja de uso essencial na próxima parada. Outro conselho seria deixar avisado na administração das escolas ou creches, que o contato com os responsáveis é essencial caso a criança demore a chegar após o horário habitual.


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  • por cicadão, em 28/01/16 às 13:30

    engraçado que o delegado sera investigado por um colega...e foi mudança de rotina...mais se fosse outra pessoa...que não fosse da area de segurança estaria lascado...o Brasil acorda por favor...sei que ninguem esquece um filho por querer mais lei e lei

 
 
 
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