Notícias / Policial

23/01/16 às 11:12

Polícia prende suspeitos adulterar e desviar óleo de soja, em Rio Verde

Eles usavam tanques ocultos em caminhões e misturavam água ou glicerina. Suspeita é de que carga era revendida; prejuízos chegam a R$ 1,5 milhão.

G1/GO

Edição: Água Boa News, Clodoeste Kassu

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A Polícia Civil prendeu quatro suspeitos de integrar uma quadrilha que adulterava e desviava óleo de soja, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. De acordo com o delegado Matheus Noleto, do Grupo Especial de Repressão a Crimes Patrimoniais, a suspeita é de que as fraudes ocorriam há dois anos e que o prejuízo chegue a R$ 1,5 milhão.

Segundo o investigador, os caminhoneiros saíam de indústrias da cidade carregados com óleo e, no caminho, retiravam parte do produto. Para não dar diferença no momento da pesagem, eles colocavam água ou glicerina em um tanque que ficava oculto nos caminhões. Com isso, as empresas que recebiam as cargas não notavam a diferença.
 
“Eles utilizavam um sistema bem engenhoso, pois adulteraram os tanques dos caminhões, que dentro possuíam um compartimento oculto. Havia um sistema pneumático, eletrônico, que acionava um sistema de válvulas para a comunicação entre os dois tanques. Aí saíam carregados da agroindústria com o óleo, tanto no tanque normal quanto no oculto. Depois, retiravam o material do oculto e colocavam água ou até glicerina”, relatou Noleto.

Ainda segundo o delegado, como o peso do caminhão seguia o mesmo, a fraude passava desapercebida na empresa que recebia as entregas. “Quando a carga era entregue era feito o teste de qualidade, mas os suspeitos retiravam engenhosamente o material apenas do tanque principal. Com isso, o cliente achava que estava tudo certo e recebia. No momento de descarregar, o tanque oculto era aberto e material se misturava ao óleo de soja”, disse.

Das prisões, três ocorreram em Goiás e uma no Mato Grosso. Segundo a polícia, uma pessoa suspeita de liderar a quadrilha permanece foragida e é procurada.

A carga original desviada dos caminhões eram revendidas em outros estados. As investigações continuam no intuito de identificar outros suspeitos de envolvimento no esquema.

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