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01/01/16 às 13:40

CEIA NO CCC - Cinco ex-políticos viram ano preso

G1-MT via Folha Max

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Sem sucesso nos recursos impetrados na Justiça, o ex-governador do estado Silval Barbosa (PMDB), o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) José Riva e os ex-secretários de estado Marcel de Cursi, da Fazenda, Pedro Nadaf, de Comércio, Minas e Energia e da Casa Civil, e Éder Moraes, da Fazenda e da Casa Civil, passaram a virada do ano presos. Todos eles estão detidos no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).

Silval Barbosa, que comandou o estado de 2010 a 2014, está preso desde o dia 17 de setembro do ano passado sob acusação de crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção passiva em 2013 e 2014, dois últimos anos da gestão dele.

Ele teria supostamente liderado um esquema de fraudes na concessão de incentivos fiscais, junto com os então secretários Marcel de Cursi, à época secretário de Fazenda, e Pedro Nadaf, da Casa Civil. A prisão ocorreu durante a Operação Sodoma, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz). Ele ficou foragido por dois dias e depois se entregou.

De Cursi e Nadaf foram presos no dia 15 de setembro, também durante a operação Sodoma. Eles já protocolaram vários recursos na tentativa de deixar a prisão, mas não conseguiram. No início desta semana, por exemplo, um pedido de liberdade a Silval Barbosa foi negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Acusado de concussão, lavagem de dinheiro e corrupção passiva, Pedro Nadaf já teve um pedido de soltura negado. A defesa então entrou com recurso no STJ.

Presos no mesmo local, mas sob acusação de outros crimes que também teriam causado prejuízos aos cofres públicos, está o o ex-presidente da ALMT, José Riva, que exerceu a função de deputado estadual por mais de 20 anos consecutivos. A maioria deles nos cargos de primeiro-secretário (ordenador de despesas) e de presidente. No ano passado, ele tentou disputar o cargo de governador do estado, mas foi impedido pela Justiça.

Riva foi preso, pela terceira vez em outubro deste ano, durante a segunda fase da Operação Metástase, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que apura desvio de dinheiro dos cofres da ALMT por meio da extinta verba de suprimentos. Ele responde a mais de 100 ações na Justiça, entre cíveis e criminais.

O desvio na ALMT ocorreu por meio de compras fictícias - de produtos como marmitas e materiais gráficos - feitas com a antiga verba de suprimentos, entre 2011 e 2014, segundo o Ministério Público Estadual (MPE).

A defesa de Riva informou que, pela prisão atual, dois pedidos de liberados foram negados e agora aguarda apreciação no Supremo.

Entre idas e vindas à prisão, Éder Moraes voltou à cadeia no início de dezembro por violar as regras do uso da tornozeleira eletrônica por mais de 90 vezes durante 60 dias. A colocação do aparelho de monitoramento foi aplicado pela Justiça como uma alternativa à prisão de pessoas investigadas. Entre outros crimes, ele é suspeito de envolvimento em um esquema de desvio de R$ 313 milhões dos cofres do estado, no ano de 2009, quando o senador Blairo Maggi (PR) era o atual governador.

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