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08/03/21 às 14:20 / Atualizada: 08/03/21 às 14:34

Mulheres deixam visão de 'sexo frágil' para trás e investem na carreira

Profissionais da Energisa contam como se especializaram e chegaram a cargos de gestão

Ìcone Press

AguaBoaNews, Cuiabá

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Mulheres deixam visão de 'sexo frágil' para trás e investem na carreira

Jhordana Vilela Bezerra Capanema Rodrigues

Foto: Assessoria

Não se trata de uma disputa sem fim, mas de uma busca constante por igualdade, principalmente no mercado de trabalho. Ter sucesso profissional e uma carreira consolidada é a meta de muitas mulheres, que são tão capazes quanto os homens e disputam as melhores oportunidades. Suas ‘armas’ são os estudos, muita dedicação, comprometimento e coragem para vencer os obstáculos e, aos poucos, tentam reverter a desigualdade existente no Brasil.
 
E não há data melhor para provocar essa reflexão do que neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher. A teoria de sexo frágil ficou para trás faz tempo. Ontem, hoje e amanhã, a história da maioria das mulheres será marcada por desafios diários, que envolvem renúncias e escolhas difíceis, mas que valem muito a pena quando o objetivo é alcançado.
 
É o caso de Samantha Cardoso Leite. Hoje engenheira eletricista, o primeiro desafio superado para construir a carreira foi convencer os pais de que precisava sair de casa para estudar. De Tangará da Serra (a 241 km de Cuiabá), seu desejo era cursar Engenharia de Energia, mas não havia este curso na região. Prestou vestibular para Engenharia Elétrica na Universidade de Cuiabá (Unic) e passou em 1° lugar. Essa conquista sensibilizou os pais, que a autorizaram mudar para a Capital.


 Samantha Cardoso Leite


Ainda durante o curso começou a estagiar na Energisa, quando se apaixonou pela empresa. Logo depois de se formar voltou para a empresa, mas desta vez como engenheira de Operação. Desde então, Concluiu MBA em Liderança e Gestão Empresarial e atualmente faz duas pós-graduações, uma em Proteção de Sistemas Elétricos e outra em Administração do Setor Elétrico. Tanto esforço já a fez subir um degrau na hierarquia da empresa e há exato um ano assumiu o posto de Supervisora de Operação em Cuiabá, no setor que é o coração da empresa, o Centro de Operação Integrado (COI), de onde saem todos os direcionamentos para atendimentos de clientes e onde o sistema elétrico do Estado é monitorado 24 horas por dia.
 
Sob o seu comando no COI, Samantha tem 130 colaboradores, entre operadores e assistentes, que conduzem cerca de 300 equipes de campo. Samantha conta que vai continuar estudando, pois pretende crescer mais na empresa.


Samantha Cardoso Leite, supervisora de Operação
 
Quem também aproveitou as oportunidades foi Jhordana Vilela Bezerra Capanema Rodrigues, 29 anos, atualmente coordenadora de Qualidade de Energisa, no Departamento de Operação, na Capital. Ingressou na empresa como trainee, em 2015, assim que concluiu a faculdade de Engenharia Elétrica. “Fiquei como trainee por 10 meses. É um processo que nos oferece muitas oportunidades de desenvolvimento e liderança. Durante esse período desenvolvi projetos para organizar a logística territorial da Energisa aqui em Mato Grosso. Meu desempenho foi fundamental para a minha contratação”. Seu empenho continuou e poucos meses depois foi promovida a supervisora de Operação, onde cuidou da gestão estratégica do departamento. Também foi supervisora do centro de Operação, e do Núcleo de Eficiência Operacional, até chegar à coordenação de Qualidade de Energia, cargo que ocupa há dois anos.
 
Jhordana fez MBA em Finanças, Controladoria e Auditoria pela FGV. “A Energisa, onde trabalho, mantém um Centro Educativo com vários cursos na modalidade de Educação à Distância (EAD), além dos treinamentos da Academia de Líderes. Tudo isso ajuda no nosso desenvolvimento profissional e podemos aproveitar as oportunidades que surgem na empresa e construir uma carreira”.
 
Outro exemplo de ascensão na carreira é Claudia Bilha de Almeida, 24 anos, supervisora de Manutenção e Transmissão da Energisa em Rondonópolis. Formada em Engenharia Elétrica, é apaixonada pela profissão e sua dedicação lhe rendeu uma posição de liderança em janeiro. É a 1ª mulher a trabalhar em um cargo de liderança na área de alta tensão, o que confirma a política da empresa como uma marca empregadora que valoriza a diversidade.
 
“Em casa, eu e os meus irmãos sempre fomos incentivados a correr atrás da independência. Infelizmente há uma questão cultural e ainda quem acredite que a mulher é menos qualificada para determinadas funções. Algumas situações podem mexer com a minha segurança, mas me posiciono sempre que necessário deixando claro minha qualificação e capacidade”, afirma.
 
Valorização e retenção de talentos
 
Enquanto pesquisas mostram que a diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho persiste, principalmente no quesito salário e ocupação de cargos de liderança, algumas empresas trabalham no sentido contrário. Na Energisa, por exemplo, as contratações ou promoções de colaboradores são realizadas tendo como critérios as competências dos candidatos.
 
É prática comum das grandes corporações a formação de pessoas para que elas construam carreira na empresa. Para isso, mantêm programas de qualificação e realizam processos seletivos internos para ocupação das vagas que surgem. A BP de Gestão de Pessoas, Alina Braz afirma que isso é importante tanto para a empresa quanto para o colaborador, que se torna cada vez mais qualificado e tem a chance de ascender na empresa, que por outro lado mantém um bom profissional por mais tempo. “No Grupo Energisa, por exemplo, tratamos essa questão com muito rigor, através de nossas políticas de gestão de pessoas e código de ética. Na admissão dos profissionais, a empresa realiza a Integração Institucional, divulga diretrizes, destaca missão, visão, os valores e o código de ética”, afirma.

Ainda sobre o incentivo à formação dos profissionais, a Energisa mantém uma política de incentivos à qualificação, capacitação e retenção de talentos, aposta no desenvolvimento de carreira interna com exemplos de ex-estagiários e ex-trainees que hoje ocupam cargos de gestão, conta Alina. Além disso, oferece planos anuais de desenvolvimento individual de carreira, com oferta de capacitações gratuitas, com ensino à distância.
 
A história de Magali Aparecida Viana, de 41 anos é mais uma prova. Formada em Administração de empresas, é colaboradora da Energisa há 23 anos (veio da extinta Centrais Elétricas Mato-grossenses/Cemat, tendo iniciado na empresa aos 14 anos, como menor aprendiz). Nos últimos 20 anos atua no Departamento de Atendimento ao Cliente, e atualmente é supervisora de atendimento na agência regional de Cáceres.
 
Lidera uma equipe de sete pessoas e para assumir o cargo se preparou. Fez vários cursos, entre eles auditoria da qualidade e formação de líderes. No dia a dia, entre as atribuições de Magali estão diferentes visitas como às agências, a parceiros, e a pontos de atendimento. Também faz o acompanhamento de indicadores, aplicação de feedback. “Adoro o que faço. Prezo muito pela qualidade do serviço, já que nós do atendimento somos o cartão de visitas da empresa e a ponte direta com os clientes. Precisamos entender seus problemas, necessidades e ajudar a encontrar soluções”.

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  • por Anônimo, em 13/03/21 às 22:20

    Ver era uma matéria como essa enaltecendo as mulheres é admirável. Seria mais admirável se tudo isso fosse verdade. A Energisa é uma empresa extremamente machista onde suas lideranças em postos de diretorias técnicas e presidentes são todos HOMENS. E como tais colocam em cheque diariamente todo trabalho de cada colaboradorA. Porque não trouxeram o enaltecimento para cargos maiores? Simplesmente porque existem no máximo em cargos de gestão.

 
 
 
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