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24/02/21 às 08:16

Milho: clima e escassez na oferta pressionam os preços

Em MT, apesar de poucas vendas, há aumento de preços em resposta ao atraso do plantio de 2ª safra

Mariana Peres

Diário de Cuiabá

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Milho: clima e escassez na oferta pressionam os preços

Em Lucas do Rio Verde (354 km ao Norte de Cuiabá), a saca esteve cotada R$ 65,88

Foto: Divulgação

Os preços pagos aos produtores brasileiros coletados pela Conab mantiveram-se estáveis no período analisado, com exceção de Minas Gerais.

A alta do frete em decorrência do escoamento da soja e a atenção dos produtores voltados para o plantio do milho de segunda safra permitiram uma menor liquidez e, consequentemente, uma redução nas cotações do grão naquele Estado.

Por outro lado, no Estado do Mato Grosso, apesar de poucas vendas reportadas, é observado algum aumento de preços de milho em resposta ao atraso do plantio de segunda safra.

Em Lucas do Rio Verde (354 km ao Norte de Cuiabá), a saca esteve cotada R$ 65,88, alta anual de 74,47% e semanal de 0,43%.

Em igual momento do ano passado o cereal custava R$ 37,76 em média nesta praça.

A média semanal das cotações na Bolsa de Chicago reduziu no período sob análise.

Acredita-se que apesar da expectativa de aumento das compras chinesas de milho, os EUA não terão aumento expressivo de demanda pela sua produção do cereal como demonstrado no último relatório de comércio internacional elaborado pelo Departamento de agricultura dos EUA (USDA).

Como destacam analistas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apesar dos poucos negócios reportados nessa semana “é esperado pressão de alta sobre os preços do milho no País.
Isso é explicado pelo aumento do risco climático ocasionado pelo atraso do plantio do milho na região central do Brasil”.

As exportações de milho da safra 2019/20 (fevereiro de 2019 a janeiro de 2021) atingiram 34,8 milhões de toneladas.

Esse montante exportado é superior em 22% à média quinquenal do volume escoado para mercados internacionais.

A forte desvalorização cambial observada em 2020 permitiu uma maior procura pelo milho brasileiro e deverá sustentar as exportações em patamar elevado em 2021.

É esperado que o volume exportado em fevereiro de 2021 siga elevado apesar das perdas de produção de milho de primeira safra na região Sul do País posto que os preços internacionais elevados e a moeda nacional desvalorizada favorecem a exportação brasileira de milho.

A programação para embarques em fevereiro (Lineup) é de 535 mil toneladas do cereal a ser exportado em portos brasileiros.

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