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17/12/15 às 01:33

Cunha cobrou R$ 52 milhões para liberar dinheiro do FI-FGTS, diz PGR

Delatores relatam pagamentos a Cunha na Suíça e em Israel

Cunha cobrou R$ 52 milhões para liberar dinheiro do FI-FGTS, diz PGR

Documento obtido pela revista Época revela que novos delatores montaram uma rede de contas na Suíça e em Israel para pagar pedágio cobrado por Cunha

Foto: Marcelo Camargo/ABr

De acordo com novas denúncias de delatores na Operação Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cobrava propina para liberar dinheiro do FI-FGTS para empresas e recebia os valores em contas até agora desconhecidas, na Suíça e em Israel. O documento foi revelado nesta quarta-feira, 16, pela revista Época.Segundo a reportagem, no total, a PGR afirma que reuniu provas de R$ 52 milhões em propina, divididas em 36 prestações. A revelação foi feita na delação premiada de Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, da empreiteira Carioca Engenharia.

Ao contrário dos outros casos da Lava Jato, a dupla afirma que a propina foi cobrada diretamente por Cunha, em encontros pessoais. Os delatores detalham até os centavos da propina paga para receber R$ 3,5 bilhões do Fundo de Investimento do FGTS, o FI-FGTS, para uma obra no Rio. O empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, também trocou mensagens diretas com Cunha, justamente para tratar da liberação de valores do FGTS.

Os documentos já foram, enviados ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, relator da operação Lava Jato que autorizou dezenas de buscas na última terça-feira.

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