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10/12/20 às 10:03

Deputado nega envolvimento com fraudes e acusa PF de usar políticos para dar mais visibilidade às operações

Assessoria

AguaBoaNews / Cuiabá

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Deputado nega envolvimento com fraudes e acusa PF de usar políticos para dar mais visibilidade às operações

O deputado Nininho, um dos alvos da operação Chapéu de Palha

Foto: Divulgação

O deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), negou qualquer envolvimento com as empresas alvos da operação Chapéu de Palha, da Polícia Federal, deflagrada nesta quarta-feira (9), que investiga supostas fraudes em licitações, além de pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.

Um dos alvos da operação, Nininho negou que tenha praticado qualquer ato ilícito investigado na operação e acusou a PF de envolver políticos nas investigações para dar mais visibilidade às operações.

“Vejo isso com bastante estranheza. A classe política sempre incrementa e dá mais visibilidade para todas essas ações que são feitas. Se não tiver um político no meio para poder dar mais visibilidade, não dá impacto perante a sociedade. Estou tranquilo, não tem nada, vírgula nada, contra mim”, disse em conversas com jornalistas.

O prefeito de Itiquira, Humberto Bortolini, o Betão (PSD), irmão de Nininho, além do ex-deputado Mauro Savi (DEM) e os parlamentares Romoaldo Júnior (MDB)e Dilmar Dal Bosco (DEM) também foram alvos da PF. Agentes estiveram nos respectivos gabinetes na Assembleia Legislativa.

Conforme o Ministério Público Federal (MPF), Nininho e seu irmão, estariam por trás das “ações ilícitas” cometidas pela Construtora Pirâmide, construtora Rocha e o grupo familiar Marcos Antônio Souza Fonseca.

“São fatos que envolvem minha empresa, vários municípios, e eu não tenho nada a ver com isso. Dizem que houve repasse lá atrás para uma empresa que tinha um sócio que passou R$ 9 mil reais, naquele momento para este proprietário desta empresa”, explicou Nininho.

“E o outro pagamento de R$ 3 mil foi para minha irmã. Eu mando todo dia dinheiro para minha família, mando patrocínios para minha cidade. Essa era uma pequena empresa em que eu fazia pequenas prestações de serviços de calçada e meio-fio. e pode ter certeza que esse pagamento foi disso”, completou.

“Estou tranquilo e sei que não tem nada. Cabe a nós esclarecer e justificar. E o pior que quando for esclarecido, a população não saberá de nada. Fico chateado, mas vamos esclarecer. Não vamos esconder nada”.

A operação Chapéu de Palha foi deflagrada por ordem do Tribunal Regional Federal 1ª Região e investiga fraudes à licitação e pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.

Estão sendo cumpridos 39 mandados de busca e apreensão em vários municípios de Mato Grosso (Rondonópolis, Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Alto Taquari, Itiquira, Juscimeira, Jaciara, São Pedro da Cipa, Dom Aquino, Alta Floresta) e Votuporanga, em São Paulo. Ao todo, estão sendo empregados mais de 130 policiais federais no cumprimento das ordens judiciais.

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