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24/08/20 às 23:13 / Atualizada: 28/08/20 às 17:16

Produtor negocia soja que será colhida em 2022

Negociada acima de R$ 130 em Paranaguá, soja se aproxima de recorde real

Agrolink -Aline Merladete

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Produtor negocia soja que será colhida em 2022

Foto: Divulgação

Os mercados de soja, milho e arroz vêm apresentando desempenhos que chamam a atenção neste ano. Conforme o levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostram que a soja que será colhida em 2022 já começa a ser negociada no Brasil, o milho segue em forte ritmo de valorização mesmo em plena colheita de segunda safra possivelmente recorde e o arroz é negociado na casa dos R$ 83/saca de 50 kg, ou seja, 10 Reais/saca acima do recorde real atingido no dia 11 deste mês. 

Os preços da soja em grão seguem renovando as máximas nominais no Brasil. Na parcial de agosto (até o dia 21), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá (PR) subiu significativos 11,5%, indo para R$ 132,80/saca de 60 kg na sexta-feira, 21 – patamar recorde nominal da série histórica do Cepea, iniciada em março de 2006. Em termos reais, os valores negociados na última semana se aproximam do patamar recorde da série do Cepea, de R$ 139,20/sc, registrado em setembro de 2012 (as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI de julho/20). 

 
Quanto ao Indicador CEPEA/ESALQ Paraná, este avançou 13,9% na parcial deste mês, indo para R$ 126,96/sc de 60 kg na sexta, também máxima nominal e o maior patamar real desde setembro/12, quando a média mensal foi de R$ 132,95/sc. Já o recorde real dessa série, por sua vez, de R$ 149,71/sc, foi registrado em outubro de 2002.
 
Segundo pesquisadores do Cepea, além do baixo excedente interno, o movimento de alta está atrelado à apreciação do dólar frente ao Real, que mantém a commodity brasileira mais atrativa aos importadores. Além disso, a demanda doméstica por novos lotes de grãos também está firme, tendo em vista a aquecida procura por farelo e óleo de soja. Diante disso, vendas de soja para entrega entre fevereiro e julho de 2022 também já vêm sendo verificadas (safra 2021/22). Pesquisadores do Cepea indicam que esse tipo de comercialização envolvendo o produto que será colhido daqui duas safras é um fato inédito.
 
*Informações boletim informativo do Cepea.
 
 
 
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