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27/11/15 às 20:25 / Atualizada: 27/11/15 às 20:40

Gastou demais: Governo vai bloquear R$ 10,7 bilhões e entrar em estado de calote; medida pode paralisar o país

Sem dinheiro, fiscalização da Receita e Polícia Federal vai parar

André Brito

Diário do Poder

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Gastou demais: Governo vai bloquear R$ 10,7 bilhões e entrar em estado de calote; medida pode paralisar o país

Admitir o caos nas contas é última cartada para evitar impeachment.

Foto: Roberto Stuckert Filho

A presidente Dilma Rousseff vai editar um decreto de programação financeira com bloqueio de R$ 10,7 bilhões em gastos com despesas discricionárias como água, luz, fiscalização da Receita, da Polícia Federal, etc a partir de 1º de dezembro. A decisão segue a orientação do Tribunal de Contas da União e põe o governo em estado de "calote".Até a viagem da presidente para Japão e Vietnã foi cancelada, apesar de o Planalto negar que tenha qualquer relação com o bloqueio que está por vir. A ida a Paris para participar da conferência sobre o clima, COP-21, está mantida, pois está prevista para o dia 30 de novembro. Admitir o caos nas contas é considerado pela equipe econômica como a última cartada para evitar o impeachment, mas sem a aprovação do ajuste fiscal, a situação de Dilma deve ficar impraticável.

A proposta do governo para o Orçamento 2016 foi enviado ao Congresso prevendo déficit de R$ 51,8 bilhões, mas caso seja obrigado a pagar o que deve em decorrência das "pedaladas fiscais", a conta sobe para cerca de R$ 120 bilhões. A apreciação, que seria esta semana, foi colocada de lado após a prisão do líder do governo Dilma no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS) na quarta (25).

Para garantir a meta, este ano, a máquina pública deve parar para economizar R$ 107 bilhões, mas isso acarretaria em "graves consequências para a sociedade", como explicado no relatório bimestral de receitas e despesas referentes aos meses de setembro e outubro. Com déficit primário de R$ 33 bilhões (até outubro), o governo só conseguirá atingira a meta com a interrupção da prestação de "serviços públicos", "investimentos necessários à manutenção da infraestrutura do País".

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