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22/06/20 às 14:20

Nutrição adequada com maior nível de lactose resolve obstipação em bebês, na falta de aleitamento materno

Ana Lívia Lopes

AguaBoaNews

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Nutrição adequada com maior nível de lactose resolve obstipação em bebês, na falta de aleitamento materno

Foto: Divulgação

Quando um bebê nasce é comum ter algum dos chamados “distúrbio funcional do sistema digestivo”. Apesar do nome complexo, trata-se de uma condição relativamente normal, especialmente quando o sistema digestivo da criança ainda não está totalmente formado, o que acontece nos primeiros meses de vida.
 
Em decorrência dessa condição, os bebês podem apresentar três problemas: cólica, refluxo e obstipação, sendo este último o menos apontado pelos pais, mas não o menos importante. A obstipação é a dificuldade ou a falta de evacuação. Nesse caso, a criança sente dor para eliminar as fezes e precisa fazer um grande esforço para isso. Tal problema ocorre devido ao pouco reflexo para eliminação das fezes ou menos movimentação do intestino que o normal.
 
“O ideal é oferecer à criança fórmulas nutricionais adequadas, com maior nível de lactose, o que auxilia a excreção de água no cólon e aumenta a motilidade intestinal. Estudos comprovam que 91,6% dos casos de constipação foram resolvidos dentro de 7 dias com formulação minerais essenciais, como magnésio, cálcio e fósforo, que são essenciais para a redução dos sintomas. Essa recomendação é para as crianças que não recebem leite materno, pois ele sempre será a primeira indicação”, diz o Prof. Dr. Fábio Ancona, pediatra especialista em nutrição infantil.
 
Ainda segundo o pediatra, produtos com essa formulação reduzem a dor e a dificuldade para defecar e até ajudam a aumentar o apetite das crianças. Prof. Ancona alerta sobre as fórmulas para dois ou mais sintomas do distúrbio funcional do sistema digestivo, “pois com a melhora de um, o outro tende a piorar”. Ele informa que para resolver o problema da obstipação é necessário oferecer mais lactose, mas para cólica menos. “Logo, uma única fórmula não consegue atender os dois sintomas”, explica o especialista.
 
Para os bebês não mais amamentados pelas mães, é possível encontrar diversas opções de fórmulas que auxiliam o controle da obstipação. Porém, é preciso orientação do pediatra para identificar qual a opção mais adequada, pois nesses casos a fórmula substituirá o leite utilizado e, dessa forma, precisa oferecer todos os benefícios necessários e mais os específicos para a obstipação.
 
“Nos primeiros meses de vida, o ritmo do intestino do nenê é irregular. Somente com o tempo ele amadurece, passando a ter uma rotina. Os pais precisam ficar atentos à reação das crianças nos momentos de evacuação, pois embora não exista tratamento, há fórmulas nutricionais indicados para a redução dos sintomas”, diz o pediatra.
 
O especialista lembra que a obstipação não é uma doença, mas seus sintomas podem afetar a qualidade de vida do bebê e de toda a família. Com a dificuldade para evacuar, a criança tende a ficar irritada e chora mais do que o normal. Em crianças mais velhas, a obstipação pode estar associada ao medo. Por isso, o processo de deixar as fraldas precisa ser natural e tranquilo, evitando traumas na hora de ir ao banheiro.

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