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26/11/15 às 13:45

Gaeco prende, de novo, "braço direito" da ex-primeira-dama de MT

Rodrigo de Marchi teve habeas corpus cassado pelo Tribunal de Justiça

Gilson Nasser

Folha Max

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Agentes do Grupo de Ação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) efetuaram a prisão, na manhã desta quinta-feira, do ex-assessor especial da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas), Rodrigo de Marchi. Ele teve o habeas corpus cassado na tarde de ontem, pela Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

De acordo com as informações, o mandado foi cumprido logo no início da manhã na residência do ex-assessor da ex-primeira-dama. Ele já se encontra na Penitenciária Central do Estado.

Rodrigo é acusado de participar de um esquema de desvios de recursos na pasta durante a gestão de Roseli Barbosa. Ele já havia sido preso em agosto na “Operação Ouro de Tolo”. Contudo, foi beneficiado com um habeas corpus concedido pelo desembargador Orlando Perri dias após sua prisão.

Nesta quarta-feira, a Segunda Câmara Criminal concluiu o julgamento do mérito do habeas corpus. Foram favoráveis a detenção de Marchi os desembargadores Rondon Bassil Dower Filho e Alberto Ferreira de Souza, enquanto Luiz Ferreira da Silva se posicionou pela manutenção da liberdade. 

A ex-primeira-dama Roseli Barbosa e o ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Sílvio César Correa de Araújo, presos na “Operação Ouro de Tolo”, também tiveram o mérito do habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça. Contudo, como a liberdade deles ocorreu somente por decisão do ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça, somente uma decisão daquela corte cassará o habeas corpus. 

O mérito do habeas corpus no STJ ainda não foi pautado. O empresário Nilson da Costa e Farias, outro preso na operação, ainda não teve o mérito do HC analisado pelo Tribunal de Justiça. O caso dele se enquadra no mesmo de Roseli e Sílvio. 

OURO DE TOLO
A operação "Ouro de Tolo" investiga o desvio de recursos destinados a cursos de capacitação realizados pela Secretaria de Trabalho e Assistência Social durante a gestão de Roseli Barbosa na pasta. O esquema foi desvendado com a delação premiada do empresário Paulo Lemes, dono de institutos de fachada que prestaram serviços a secretaria.

De acordo com Lemes, os "lucros" dos projetos realizados eram divididos entre a ex-primeira-dama, ele, Rodrigo de Marchi e Nilson da Costa e Farias. Num dos projetos, o dinheiro desviado quitou um empréstimo feito por Sílvio César Correa de Araújo com Lemes. Os recursos teriam atendido interesses da campanha do ex-vereador Lúdio Cabral (PT) a prefeitura de Cuiabá, em 2012.

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