Notícias / Justiça

25/11/15 às 14:08

Recuperandos produzem 10 mil mudas para reflorestamento

As mudas de árvores nativas da região serão utilizadas no reflorestamento das margens do Rio Areia, que corta toda a cidade

Rodrigo Maciel Meloni

ÁGUA BOA NEWS

Imprimir Enviar para um amigo
A Cadeia Pública de Arenápolis estabeleceu parceria com a prefeitura do município para a produção de mudas de árvores nativas da região, que serão utilizadas no reflorestamento das margens do Rio Areia, que corta toda a cidade. De acordo com a direção da unidade, os recuperandos serão responsáveis por preparar as sacolas para as mais de 10 mil mudas a serem utilizadas. 
 
“Dessa forma, esse projeto se manifesta relevante com a parceria entre a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos [Sejudh] e a Prefeitura, pois é um meio eficiente de proporcionar um retorno saudável do reeducando ao convívio com a sociedade, aproveitando o período de cumprimento de pena para oferecer qualificação profissional”, disse a diretora Luciana Francisca da Silva. 
 
O serviço será realizado intramuros por 10 recuperandos e as sacolas serão encaminhadas ao viveiro municipal para receberem as mudas de árvores. “O município de Arenápolis teve por muitos anos sua economia baseada no extrativismo mineral. O garimpo de diamantes e ouro deixou como consequência o assoreamento do Rio Areia, bem como o desmatamento de suas margens”, explicou Luciana. 
 
Outra iniciativa semelhante foi realizada no do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Tangará da Serra, onde o Governo do Estado desenvolveu o projeto “Construindo o Futuro”, que consiste na instalação de uma fábrica de tijolos ecológicos dentro do pátio. “Assim garantimos a reinserção social dos recuperandos do Sistema Penitenciário [Sispen] e, ao mesmo tempo, criamos nesses cidadãos consciência ambiental”, defendeu o secretário Adjunto de Administração Penitenciária, Luiz Fabrício Vieira Neto. 
 
A fábrica garantiu ainda o desenvolvimento de outras atividades e a comercialização de tijolos para a sustentabilidade do projeto. Os tijolos ecológicos, resultado de uma mistura de solo arenoso, cimento e água, contribuem para preservação das florestas, pois não usa forno a base de carvão para a queima (cura térmica). Com o uso desta nova tecnologia, os resíduos de gás carbônico e fuligens dos fornos não são lançados na atmosfera. 
 
O tijolo ecológico de solo-cimento também não necessita de revestimento das paredes internas e externas, evitando excessos de gastos com cimento, areia, tinta, madeiras, arames, pregos e mão de obra. Já os furos internos dos tijolos formam condutores para a rede hidráulica e elétrica, além de proporcionarem proteção térmica e acústica.
  • Recuperandos produzem 10 mil mudas para reflorestamento

comentar  Nenhum comentário

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Agua Boa News. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site Agua Boa News poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
 
 
Sitevip Internet