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07/05/20 às 15:37

Barra do Garças registra 13 casos de Covid-19 confirmados; 6 da mesma família

Dos sete casos que os testes rápidos apontaram como positivos, seis estão relacionados ao mesmo vínculo epidemiológico.

Andrezza Dias, Semana 7

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Barra do Garças registra 13 casos de Covid-19 confirmados; 6 da mesma família

Médico Wilson Vilela durante a coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (7).

Foto: Maicon Melo/Secom - BG

O número de casos confirmados do novo coronavírus subiu para 13 em Barra do Garças, seis em uma única família. As informações foram repassadas na manhã desta quinta-feira (7) durante coletiva de imprensa da equipe médica e epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, no Hospital Municipal Milton Morbeck.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Maria Auxiliadora Dantas, explicou que sete casos de Covid-19 foram constatados por meio de testes rápidos realizados em laboratório privado. Os resultados dos exames foram informados à SMS ontem, quarta-feira (6).

Destes sete casos que os testes rápidos apontaram como positivos, seis estão relacionados ao mesmo vínculo epidemiológico. Trata-se de uma família e mais duas funcionárias que trabalham na residência. De acordo Lidyane Synara Gomes de Sousa, coordenadora de Vigilância em Saúde, as investigações apontaram que a contaminação na família veio de fora do município.

A identificação dos outros seis casos notificados como positivos foi realizada com a técnica do exame RT-PCR (sigla em inglês para transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase). Era o resultado deste método de exame que a Secretaria de Saúde aguardava comprovação de um caso pelo Laboratório Central de Mato Grosso (Lacen). A confirmação havia sido comunicada pelo hospital MedBarra, no dia 27 de abril.

Como a paciente apresentava os sintomas da doença há dez dias, foi submetida ao teste rápido no tempo hábil e, novamente a presença do vírus foi detectada no organismo dela, conforme informou a Vigilância Epidemiológica.

Um sargento da Polícia Militar está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital MedBarra com coronavírus. O exame confirmou no início da manhã de hoje (7) a suspeita dos médicos.

Ele foi internado no domingo (3), e apresenta quadro clinico estável na UTI respondendo bem ao tratamento. Os policiais que tiveram contato com o sargento, por medida de precaução, foram afastados e estão sendo monitorados.

Ainda na coletiva desta manhã, os médicos Wilson Vilela e Clodoaldo Pirani, acompanhados pela secretária de Saúde, Clênia Monteiro, explicaram o aumento de casos registrados nas últimas 24 horas.

Com a atualização dos dados, são 35 casos notificados; 7 suspeitos (aguardando resultado); 90 síndromes gripais; 13 casos positivos (exame RT PCR e teste rápido); 53 descartados; 9 recuperados; um óbito; quatro pacientes internados e seis em isolamento domiciliar.

Os profissionais de saúde alertam a população sobre o crescimento das confirmações e pedem para que as medidas preventivas para combater o contágio pela doença sejam seguidas. Somente desta maneira uma sobrecarga no sistema de saúde de Barra do Garças pode ser evitada.

Emocionado, o médico Wilson Vilela falou sobre os desafios que os profissionais da saúde vem enfrentando durante a pandemia do coronavírus. “Deixamos pais, mães, filhos em casa. Chegamos a morar em cômodos separados para realizar este trabalho. Faz 90 dias que não vejo os meus pais. Então, a situação é delicada e peço que a população entenda isso. Não é uma doença fácil de combater e nem de se diagnosticar”, explica.

Segundo ele, o diagnóstico da doença, na maioria das vezes é clínico. A infecção começa a ser tratada 4, 5 ou 6 dias antes que algum exame possa ser alterado. Ele ressaltou ainda a existência dos dois tipos de exames, o RT-PCR que é realizado apenas pelo Lacen-MT, em Cuiabá. E o teste rápido, que leva cerca de duas horas para sair o resultado, mas só aponta a presença do vírus no organismo se o paciente apresentar sintomas da doença a partir do sétimo dia de contágio.

Para o médico Clodoaldo Pirani, a doença é algo indescritível. “É preciso consciência neste momento para que não tenhamos mais casos e um colapso na saúde. Pelo amor de Deus, evitem aglomerações, reuniões em família e festinhas. Permaneçam em casa. Só assim podemos reduzir e evitar mais casos”, aconselhou.

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