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19/11/15 às 10:35

MAIS UM ESQUEMA: Ex-secretário de Silval e mais 4 são suspeitos de fraudes no Ceasa de MT

Redação Folha Max

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Criada em 2013 com o objetivo de ordenar o abastecimento de gêneros alimentícios produzidos no Estado de Mato Grosso, em especial os oriundos da agricultura familiar, a Central de Abastecimento de Mato Grosso (Ceasa/MT) pode estar no meio de um escândalo de beneficiamento ilícito e corrupção envolvendo ex-secretários do governo Silval Barbosa (PMDB). A denúncia foi apresentada  no plenário da Assembleia Legislativa,  pelo deputado Dilmar Dal’ Bosco (DEM).

A ilicitude, de acordo com o parlamentar,  teve início na  criação dessa Empresa de Economia Mista, quando, ao invés de procurar investidores fortes do mercado agropecuário, o então governador usou membros do alto escalão como acionistas da empresa, que iniciou suas operações com capital social autorizado de R$ 20 milhões. Para sua concepção, o Governo de Mato Grosso integralizou R$ 13.500 de capital inicial ,  tendo  também como acionistas o ex-secretário de Estado de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, Meraldo de Sá com investimento de R$ 200, o então presidente do Ceasa, Baltazar Ulrich com R$ 700, o ex-secretário Executivo do  Núcleo Agropecuário, da Casa Civil, José Alexandre Golemo, com R$ 200, o ex-assessor de gestão da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia  (Secitec), Paulo Ernesto Kluge, com R$200 e o ex-assessor da Casa Civil, Manuel Gomes da Silva, também com capital de R$ 200.

As irregularidades não se encerram por aí. Antes de encerrar  o governo, no dia 18 de dezembro de 2014, o então presidente  Baltazar Ulrich, convocou uma assembleia geral extraordinária alterando o capital social da empresa  de ações ordinárias normativas, de R$ 20 milhões para R$ 50 milhões.  

Na mesma reunião,  a quota dos sócios minoritários teve um aumento considerável, pois  foi aprovada a subscrição  de seis mil e quatrocentas ações ordinárias nominativas divididas proporcionalmente entre Baltazar, José Alexandre, Paulo Ernesto e Manuel Gomes.“Essas pessoas investiram duzentos reais e, do dia para noite,  tornaram-se milionárias. O Ceasa foi criado com objetivo de distribuir a produção agropecuária  mato-grossense, já que hoje, 80% do que consumimos é adquirido de outros estados. Ao invés disso ela se tornou mais uma fonte de sujeira e corrupção. Por que nenhuma empresa ou produtor rural foi convidado a capitalizar? Porque triplicar  o capital inicial as véspera de encerrar o mandato? O povo de Mato Grosso precisa de respostas”, cobrou Dilmar.

O parlamentar ressaltou que, apesar de possuir um sede administrativa ‘suntuosa’ na região central de Cuiabá, o Ceasa de Mato Grosso ainda não possui uma sede física  para distribuição e abastecimento da produção agrícola de Mato Grosso.
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