Em Cuiabá para participar de um evento do Partido Progressista sobre Direitos Humanos, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) confirmou que está trabalhando para disputar as eleições presidenciais em 2018. O deputado se vê como uma alternativa viável aos projetos do PT e PSDB. “Os candidatos de 2018 são muito parecidos. Eu não estou dizendo que sou candidato para não infringir a lei eleitoral, mas o que o pessoal vê em mim é uma candidatura diferente das que estão aí”, declarou o candidato.
Dezenas de militantes acompanharam a chegada do deputado a Cuiabá que, em palavras de ordem, pediam sua candidatura ao Palácio do Planalto. “Ah, eu estou contente. É Bolsonaro presidente”, cantavam.
O deputado destaca que tem obtido uma boa receptividade nas regiões que tem visitado, principalmente os mais jovens. “Ninguém aqui está recebendo nada, não estou sentindo cheiro de mortadela também. Isso é muito bom que demonstra que a garotada que está aqui está abrindo a sua mente para a política”, colocou.
Considerado polêmico, Bolsonaro diz que “foge do politicamente correto”, ao se posicionar em temas polêmicos, como a união por casais homossexuais e o desarmamento. “A causa LGBT, não tenho nada a ver com isso, mas não posso admitir o material escolar com tema na sala de aula. E também temos que revogar o desarmamento. O fazendeiro para mim, tem que ter é fuzil, não só para se defender de que for roubar seu gado, mas também dos marginais do MST”, disparou.
Em relação a política econômica, defendeu que o Brasil abra o seu comércio para o mundo, não só para o Mercosul. Ele detonou a política de esquerda, pregada pelo Partido dos Trabalhadores. “A única igualdade pregada pela esquerda que existe é a miséria. E nós não queremos isso”, assinalou.
Bolsonaro afirmou que o país tem condições retomar o caminho do crescimento, tanto econômico como moral; “Nós estamos sentado numa grande Serra Pelada. O Brasil tem as áreas mais ferteis na biodiversidade, no meio ambiente, água potável, agricultura, e não estamos explorando isso”, pontuou.
Ciente de que será preciso chegar ao grande público para defender seus projetos polêmicos, o deputado federal pretende se comunicar por meios de comunicação alternativos, como internet e redes sociais. Ele citou que existe um projeto de censura às suas declarações por parte do Governo e meios de comunicação tradicionais, como TV, rádio e jornais. “A pauta levantada por eles, parece que o objetivo é me aniquilar antes de 2018. Não vão conseguir”, finalizou.