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05/11/15 às 17:26 / Atualizada: 05/11/15 às 19:30

Mulheres são presas por usar nome de instituições públicas e deputado para arrecadar dinheiro

Duas mulheres que usavam nome de instituições públicas e de um deputado estadual foram presas, acusadas de crimes de estelionato e formação de quadrilha. A prisão foi efetuada pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), da Polícia Judiciária Civil, na tarde quarta-feira (04) e o flagrante confeccionado nesta quinta-feira (05).
 
As suspeitas, Roberta Valéria Alves, 56 anos, Letícya Luchesy Vieira de Paula, 25 anos, mãe e filha, se passavam por servidoras da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e usavam o nome da Sema, do deputado estadual Taborelli, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, para solicitar apoio, em dinheiro, junto a empresas privadas, para fins de supostas campanhas de divulgação ambiental.
 
As duas mulheres foram abordadas depois que deixaram um frigorífico em Várzea Grande. Elas estavam na posse de um cheque no valor de R$ 500 reais e também recibo de outra empresa no valor de R$ 300 reais.
 
A dona do frigorífico confirmou ao delegado Gianmarco Paccola Capoani que as mulheres se identificaram como funcionárias da Sema e que enviaram e-mail solicitado o apoio, usando o nome de uma Ong de nome Global Sol Nascente Ambiental e Ecológico. No endereço da entidade, no bairro Nova Esperança III, em Cuiabá, os policiais encontraram uma casa de alvenaria, com a obra inacabada.
 
O presidente da Ong,  de 54 anos, foi conduzido à Delegacia, mas o delegado Gianmarco acredita que ele foi usado pelas mulheres e, por conta disso, deixou de autua-lo no procedimento, sendo  ouvido comotestemunha.  Um advogado, que seria o coordenador da Ong, é apontado como membro do bando e estaria agindo junto com as duas mulheres, na prática de estelionato. O advogado será intimado para prestar esclarecimentos.
 
Segundo a Polícia Civil, as duas mulheres e o advogado estavam também enganando o presidente da Ong, que seria um senhor humilde e que trabalha como sorveteiro.
 
Conforme as investigações, as suspeitas usando a Ong, criada apenas no papel, entravam em contado com as empresas, e depois enviava e-mail, utilizando o endereço eletrônico:
Marcas usadas
meioambientesema@outlook.com. Em uma mensagem, enviada no dia 3 de novembro, assinada por Letícia, que se dizia coordenadora do projeto, facilmente a Polícia Civil identificou a fraude.
 
O conteúdo dizia: “conforme nos falamos estamos em uma campanha ambiental juntamente com a polícia ambiental trabalhando em um grande projeto de conscientização. Através de palestras nas câmaras municipais escolas iremos distribuir gratuitamente em todo o estado cartilhas educativas. O seu patrocínio irá somar para que seja possível a impressão dessas cartilhas. Deputado Estadual Cel. Taborelli, Associação do Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros e Polícia Ambiental desde já agradece sua atenção para nosso projeto. Contamos com o patrocínio de R$ 1000,00”.
 
As logomarcas da Polícia Militar Ambiental, Corpo de Bombeiros e o brasão do Estado Mato Grosso foram retiradas da internet pela suspeita e eram usadas para dar aparência de legalidade e reforçar as ações da Ong.
 
O delegado da Dema, Gianmarco Paccola, informou que o núcleo de inteligência da Dema recebeu denúncia de que duas mulheres, em um Celta preto, que se apresentavam como servidoras do Meio Ambiente, usando camiseta de uma Ong, estavam utilizando o nome de quatro instituições públicas, para arrecadar dinheiro de empresas e pessoas físicas, para supostas campanha de prevenção ao meio ambiente.
 
As duas tinham exemplar de uma cartilha piloto, com impressão caseira e mal elaborada, que seria confeccionada com o dinheiro arrecadado. No material constava as  logomarcas das instituições do Corpo Bombeiro, da Polícia Militar Ambiental, o brasão do Estado, e da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, seguida do nome do deputado estadual Taborelli. Elas também diziam que iriam realizar palestras em escolas.
 
Em uma agenda apreendida com as mulheres, os policiais descobriram nome de várias empresas que elas mantiveram contato.  Nas três primeiras empresas da lista que consta na agenda pessoal, a Polícia Civil confirmou o ‘patrocínio’, em dinheiro, entregue as estelionatárias.
 
Os policiais identificaram empresas nas cidades de Jangada, Sinop, Lucas do Rio Verde, Sapezal e Campo Verde. Todas as empresas serão constatadas pela Polícia para apurar se foram vítimas da quadrilha.
 
Roberta, mãe de Letícia, tem cargo comissionado na Câmera Municipal de Cuiabá. As duas mulheres estão na sede da Dema, em Cuiabá, onde são finalizados os tramites da autuação em flagrante.
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