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21/08/19 às 14:59

PM suspeito de matar a mulher na frente do filho em Montes Claros é encontrado morto em presídio de Goiânia

Segundo a Polícia Civil, ele atirou contra a esposa, a oficial de Justiça Elina Gonçalves, em Montes Claros de Goiás. Crime teria sido motivado por ele não aceitar o fim do casamento

Paula Resende, G1 GO

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PM suspeito de matar a mulher na frente do filho em Montes Claros é encontrado morto em presídio de Goiânia

Oficial de Justiça Elina Divarnada Carvalho Gonçalves, 39 anos, e o marido, o policial militar Walter José Gonçalves PM, 52 anos, em Montes Claros de Goiás

Foto: — Foto: Reprodução/Redes sociais

O cabo da Polícia Militar Walter José Gonçalves, de 52 anos, foi encontrado morto na manhã desta quarta-feira (21), no presídio da corporação, em Goiânia. O policial estava detido há três dias por causa da suspeita de ter matado a mulher dele, na frente do filho de 3 anos, em Montes Claros de Goiás, a 270 km de distância da capital.
 
A oficial de Justiça Elina Divarnada Carvalho Gonçalves, de 39 anos, foi morta na noite de domingo (18). Segundo a Polícia Civil, logo depois de atirar contra a mulher, Walter fugiu e tentou se matar, mas acabou se entregando. “Foram necessárias 6 horas de negociações com ele até que ele se entregasse para os policiais militares”, completou.
 
Na ocasião, o policial foi encaminhado para o Presídio Militar em Goiânia. Nesta manhã, a Assessoria de Comunicação da corporação informou, em nota, que o "militar foi encontrado sem vida no interior da cela do presídio militar e será instaurado procedimento para apurar as circunstâncias do fato".
 
A Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios também investiga a morte do PM. Segundo a corporação, "não há sinais aparentes de morte violenta. A investigação segue e aguarda-se o laudo pericial que ateste a causa morte não violenta".
 
Morte em restaurante
 
De acordo com o delegado responsável pela investigação da morte de Elina, Ramón Queiroz, no dia do crime, a vítima e o filho do casal, de 3 anos, saíram de uma missa e foram a um restaurante para jantar. No local, ela recebeu uma ligação do PM, que, segundo a investigação, pediu para encontrá-la para conversar. Assim, a vítima disse aonde estava.
 
“Ele a chamou para conversar e atirou na cabeça dela. A criança e as pessoas que estavam no estabelecimento viram tudo”, disse o delegado.
 
Investigação
 
Ao ser levado para a delegacia, no dia do crime, Walter ficou em silêncio durante o interrogatório. No entanto, o investigador não tem dúvidas de que ele cometeu o crime: "Quanto a autoria dele, não há dúvidas. Há provas testemunhais vastas de pessoas que estavam no local. Não há indício da participação de outras pessoas".
 
Apesar da morte de Walter, as investigações sobre a morte de Elina continuam. "Vamos ouvir familiares e possíveis testemunhas. Há a necessidade de se apurar qualquer motivação, se foi apenas o fim do relacionamento ou outro motivo", explicou o delegado.
 
Ramón explicou que o inquérito será concluído e, em seguida, será feito o pedido de arquivamento, em razão de o autor não poder mais ser responsabilizado.

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