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03/08/19 às 08:54

Canarana - Sindicato Rural quer ação na justiça para acabar com o Fethab

Rafael Govari, Jornal O Pioneiro

AguaBoaNews

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Canarana - Sindicato Rural quer ação na justiça para acabar com o Fethab

Foto: O Pioneiro

Em reunião na sede do Sindicato Rural de Canarana (SRC) na noite do dia 29 de julho, os produtores decidiram, por unanimidade, mover uma ação na justiça contra a cobrança dos Fethabs, entre eles o da soja e do milho.

Conforme o presidente do SRC, Alex Wisch, a Aprosoja-MT já vem, através do Movimento MT Forte, pedindo a extinção do Fethab milho, através de movimentos realizados na capital, porém não surtiram efeitos até o momento, restando a justiça como alternativa a ser tomada pelos produtores.

“Nosso plano A era derrubar o Fethab politicamente, mas sabemos a complexidade disso. O plano B é a justiça. Se não funcionar, temos o plano C, que é parar de comprar máquinas agrícolas e diminuir a área plantada, para sensibilizar o governo quanto à falta de lucratividade da agricultura, que não suporta pagar mais imposto”, disse Alex.

Na reunião realizada em Canarana, os produtores não só apoiaram entrar na justiça para acabar como Fethab milho, mas também com os demais. “O produtor paga em média mais de R$ 100,00 por hectare de Fethab na soja e nos preços atuais são quase duas sacas de soja. Aí junta os outros impostos, dá quase R$ 400,00 por hectare, o que dá mais de seis sacas de soja”, complementa.

Diante dessa realidade, Wisch disse que a situação é caótica, principalmente para os pequenos produtores, que somam mais de 50% dos agricultores de Mato Grosso. “Para o pequeno é ainda pior porque muitos desses também pagam arrendamento, o que torna a atividade insustentável”, falou.

Foi decidido na reunião provocar as entidades que representam os produtores para entrar na justiça para a derrubada de todo o Fethab. “Não adianta entrar na justiça para que o recurso do imposto seja destinado para sua finalidade, como habitação e transporte. Isso é utopia, não vai acontecer. Ele não é um fundo como era para ser, mas virou um tributo e queremos provar isso na justiça”, finalizou.

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