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21/10/15 às 12:10

Garimpeiros ignoram decisão judicial e abrem nova frente de trabalho

Garimpeiros ignoram decisão judicial e abrem nova frente de trabalho

Segundo relatos obtidos pela reportagem daTV Centro América no local, nos últimos dias houve descoberta de ouro na parte do pé da serra, o que atraiu os demais garimpeiros que encontravam-se escavando na parte de cima

Foto: O Documento

Ignorando a ordem judicial de retirada, garimpeiros da chamada “nova Serra Pelada”, jazida de ouro encontrada na região de serras em Pontes e Lacerda (a 483 km de Cuiabá), estão explorando uma nova frente de trabalho para extração de ouro, aos pés da Serra da Borda. Enquanto o alto da serra já vem sendo explorado ilegalmente há cerca de um mês, a parte de baixo foi aberta nos últimos dias, inclusive após os garimpeiros receberem a notícia de que a Justiça Federal determinou o fechamento do garimpo na área.

A exploração tanto no alto da serra quanto na nova frente de trabalho continua nesta terça-feira (20),um dia após o desmoronamento que feriu ao menos cinco pessoas em uma galeria aberta na parte superior. Todos os cinco feridos foram resgatados com escoriações e encaminhados para a Santa Casa de Pontes e Lacerda e obtiveram alta médica no mesmo dia.

O desmoronamento serviu de alerta para os riscos da exploração no local, para o qual a Força Nacional de Segurança, a Polícia Federal (PF), a Polícia Militar (PM) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) devem se encaminhar nos próximos dias para cumprir ordem juducial de fechamento do garimpo.

Segundo relatos obtidos pela reportagem daTV Centro América no local, nos últimos dias houve descoberta de ouro na parte do pé da serra, o que atraiu os demais garimpeiros que encontravam-se escavando na parte de cima.

No pé da serra já existem barracas, caçambas e a estrutura necessária para o trabalho. Com detector de metais, os garimpeiros encontram potenciais pontos para escavar e começam a perfurar a terra, cada grupo em uma área delimitada.

Alguns trabalham para si e outros trabalham para patrões, os quais também pagam os contratados com parte do ouro extraído. Dependendo do trabalhador ou do grupo, são usados instrumentos como picaretas e enxadas ou até britadeiras e maquinário mais pesado com geradores de energia.

Retirada
Enquanto isso, parte dos garimpeiros já começa a deixar o local, forçados pela chegada iminente das forças policiais e pelos riscos que ficaram evidentes com o acidente da última segunda-feira no alto da Serra da Borda.

Outros, entretanto, avisam que só vão deixar a região quando os policiais chegarem. Eles alegam que, embora haja determinação judicial para a retirada, até agora não há perspectiva de quando as forças policiais devem chegar para cumprir a ordem, de modo que vão tentar permanecer e extrair o máximo possível de ouro.

Já a Prefeitura de Pontes e Lacerda, que acompanha a situação do garimpo ilegal, ainda não conseguiu contabilizar quantos garimpeiros deixaram a região, mas confirmou o aumento do movimento de saída de pessoas pela rodoviária da cidade.

E, apesar da decisão da Justiça Federal que determinou o fechamento do garimpo por ausência de autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a Prefeitura de Pontes e Lacerda também está tentando negociar com o governo federal a legalização da atividade do garimpo na Serra da Borda. O prefeito Donizete Barbosa (PSDB) reuniu-se nesta terça-feira em Brasília com representantes do Ministério de Minas e Energia e do próprio DNPM para tratar do assunto.

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