O ex-presidente Michel Temer foi preso na manhã de hoje pela força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro.
Segundo informações da Globo News, o mandado de prisão foi expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. O ex-ministro Moreira Franco também é alvo de um mandado de prisão preventiva
A Polícia Federal tentava encontrar Michel Temer desde ontem.
A prisão de Michel Temer é fruto, principalmente, da delação de José Antunes Sobrinho, sócio da Engevix.
Antunes Sobrinho revelou o repasse de R$ 1,1 milhão para o coronel aposentado da Polícia Militar João Batista Lima Filho, amigo de Temer, por meio da empresa PDA.
Com a prisão de Michel Temer, o discurso vitimista de Lula perde ainda mais sentido.
Ele não é mais o único ex-presidente preso.
Atualização às 12h - É fim do bando: Moreira Franco sogro do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, acaba de ser preso no Rio de Janeiro. O coronel Lima amigo de Michel Temer também está sendo procurado.
Moreira Franco é o quinto governador eleito do Rio de Janeiro preso por corrupção, desde o início da chamada Nova República.
Antes dele, temos Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho, Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão.
Atualizada com mais informações - Repórter Thiago Marcolini - Michel Temer responde a dez inquéritos. Cinco deles que tramitavam no Supremo Tribunal Federal (STF), pois foram abertos na época em que ele era presidente, foram encaminhados à primeira instância depois que Temer deixou o cargo. Os outros cinco foram autorizados pelo ministro Luís Roberto Barroso em 2019, quando o ex-presidente já não tinha foro privilegiado.
Na operação Lava Jato, Temer é alvo de denúncias do delator José Antunes Sobrinho, dono da empreiteira Engevix. O empresário contou à Polícia Federal que pagou um milhão de reais em propina ao ex-ministro Moreira Franco, com o conhecimento de Temer.
Formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), o emedebista iniciou a carreira política na década de 1960, no governo estadual de São Paulo. Por 15 anos, foi o presidente do MDB. Temer foi eleito por duas vezes consecutivas vice-presidente do Brasil, na chapa de Dilma Rousseff, e chegou à Presidência em 2016, após o impeachment da petista.
“O MDB lamenta a postura açodada da Justiça à revelia do andamento de um inquérito em que foi demonstrado que não há irregularidade por parte do ex-presidente da República, Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco. O MDB espera que a Justiça restabeleça as liberdades individuais, a presunção de inocência, o direito ao contraditório e o direito de defesa.”
Mais informações em instantes.