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26/02/19 às 10:23

Debêntures: o que são e como funcionam

Victor Alencar

AguaBoaNews

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Principalmente para os investidores de primeira viagem, “debêntures” é um daqueles termos que trazem certo receio em investir. É um título pouco conhecido que causa estranheza de primeira.
 
No entanto, basta conhecer um pouco sobre ele para saber que a dificuldade fica apenas no nome. Isso porque, para quem já possui certa experiência no mercado financeiro, esta é uma aplicação bastante escolhida por todos os perfis de investidor.
 
Essas aplicações-chave, ou seja, utilizadas de diversas formas no mercado financeiro, são pouco complexas e muito indicadas para iniciantes. Isso porque, possuem rentabilidade calculável e baixa volatilidade. E esse é o caso das debêntures, que a cada ano ficam cada vez mais populares.
 
Ainda assim, é fundamental conhecer suas características e particularidades para, então, compreender se realmente se encaixam nos objetivos de vida e perfil do investidor. Mas não é preciso se preocupar, pois aqui é possível encontrar tudo sobre as debêntures.

O que são debêntures?
Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas privadas. Na prática, é como um empréstimo a essas companhias, ou seja, ao vender um título, a empresa adquire recursos para pagar suas dívidas ou para financiar projetos internos; no vencimento dessa aplicação, o investidor recebe o dinheiro de volta acrescido por juros, que caracterizam a rentabilidade do investimento.
 
São considerados renda fixa, pois possuem rendimentos fáceis de serem calculados: ou são uma porcentagem fixa, ou são uma porcentagem e um índice, por exemplo, 6,5% + IPCA. Com isso, o rendimento permanece o mesmo até o fim do prazo, trazendo mais segurança a quem investe.

Debêntures x ações
Por serem emitidas por empresas privadas não financeiras, é natural relacionar as debêntures com ações. No entanto, cada uma possui especificidades que as tornam bastante distintas umas das outras, ainda que ambas visem captar recursos para essas companhias.
 
Primeiramente, as debêntures são renda fixa, enquanto as ações são variáveis. Mas a principal diferença entre elas é que as ações fazem parte do capital social da empresa, ou seja, é possível se tornar sócio ao adquirir esse ativo; enquanto que, ao adquirir uma debênture, apenas empresta-se dinheiro sem nenhum outro vínculo.

Quais são os tipos de debêntures no Brasil?
Dentro das debêntures, ainda existem duas classificações que as diferem tanto com relação ao vínculo investidor-empresa quanto com relação a incidência de impostos. Assim, elas podem ser simples ou conversíveis e comuns ou incentivadas.
 
A primeira categorização está ligada à possibilidade de uma debênture converter-se ou não em ações. Como dito anteriormente, esses dois produtos financeiros são bastante distintos, mas existe sim uma classe de debêntures que dá direito ao investidor de se tornar sócio da empresa emissora, as chamadas debêntures conversíveis.
 
As debêntures simples, conhecidas também como não conversíveis, já não oferecem essa possibilidade a quem a adquire. É importante ressaltar que essas opções são escolhidas no momento da aquisição do investimento, visto que não é qualquer instituição que oferta títulos conversíveis.
 
A segunda divisão está ligada à incidência ou não de impostos, o que resulta em uma rentabilidade maior ao investidor. Assim, existem debêntures emitidas por empresas de setores estratégicos, como de infraestrutura, que são incentivadas pelo governo. Por causa disso, estão isentas de impostos, como o IR e o IOF — são chamadas de debêntures incentivadas.
 
Já as debêntures comuns possuem cobrança de impostos, mas de maneira regressiva, assim como em outros títulos de renda fixa. Isto é, quanto maior o tempo de aplicação, menor é a alíquota, variando de 22,5% para, no máximo, 6 meses, até 15% a partir de 24 meses investidos.

Como investir em debêntures?
Na prática, para quem ainda não sabe como investir em debêntures, existem dois caminhos: o primeiro é por meio de fundos de investimentos e o segundo é diretamente por uma corretora. Para ambos, é necessário abrir uma conta em uma corretora e transferir um valor específico para essa nova conta por TED. Feito isso, basta escolher qual a maneira para aplicar.
 
Os fundos de investimentos são muito indicados para investidores iniciantes, pois contam com o auxílio de um gestor profissional para traçar as estratégias de investimentos e conseguir os melhores rendimentos. As debêntures em si também possuem baixa complexidade, mas não é possível ter o respaldo de um especialista a todo tempo.
 
De todo modo, é preciso apenas escolher uma debênture para adquirir e comprá-la, assim como é feito em um e-commerce regular. Simples, não é? Depois disso, para acompanhar a rentabilidade, existe, na corretora, uma plataforma destinada aos investidores. É válido lembrar-se apenas de considerar cinco fatores importantes: risco, liquidez, prazo, objetivo de vida e perfil.
 
Depois disso, fica mais fácil escolher qual produto financeiro adquirir. O mais importante disso é dar o primeiro passo e investir! Inicie com pequenas porcentagens do salário, até ter mais segurança e experiência; as debêntures, nesse sentido, são um caminho excelente para começar.

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