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01/01/19 às 08:51 / Atualizada: 13/02/23 às 22:43

Deu no Jornal Nacional - 'Assassino do posto' já havia estuprado ex há 1 mês

Mato Grosso é o 2º Estado que mais registra casos de violência contra as mulheres

Jornal Nacional/Globo via Folha Max

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Deu no Jornal Nacional - 'Assassino do posto' já havia estuprado ex há 1 mês

Foto: Divulgação

2018 chega ao fim com a notícia de mais um caso de covardia brutal contra uma mulher e o desrespeito a uma medida de proteção determinada pela Justiça.

A família de Larícia parou num posto, no sábado (29), quando estava saindo para viajar. Assim que ela entrou no carro, um homem chegou e atirou contra o namorado dela. Depois, a obrigou a entrar no carro dele, voltou e atirou mais duas vezes contra Roberto Lemos dos Santos, de 50 anos, que morreu na hora. O atirador é José Antônio de Assis, ex-marido de Larícia.

 
“Já sacou a arma para atirar, a hora que eu vi ainda tentei ir para cima, assim, ele já disparou, me puxou pelo cabelo e foi me levando para o carro. Eu saí sem nem poder olhar para trás, sem nem poder dar socorro. Eu pensava nos meus filhos que estavam dentro do carro”, conta a empresária Larícia Reyes.

Logo depois dos disparos, um dos meninos que estavam no carro saiu correndo. Nem ele nem o irmão, filhos de outro relacionamento de Larícia, ficaram feridos. Ela conta que viajou amarrada dentro do carro por mais de 400 quilômetros.

José Antônio soltou a ex-mulher em Pontes e Lacerda, mas, segundo Larícia, ele sequestrou o filho deles, Heitor de Assis, de quatro anos.

Larícia e José Antônio se separaram em julho, depois de um casamento de cinco anos. Ela conta que o ex-marido não aceitava o rompimento e que a sequestrou, agrediu e a estuprou em novembro. A Justiça decretou uma medida protetiva, que proibia José Antônio de se aproximar da ex-mulher.

“Me xingava, que eu estava totalmente apaixonada. Como que o amor que eu tinha por ele tinha acabado? Que não era possível, mas eu tinha que dar essa oportunidade para ele”, conta Larícia.

Larícia registou a queixa na Central de Flagrantes que está de plantão nesse feriado. É que a Delegacia da Mulher de Cuiabá está fechada, em recesso pelo réveillon. A equipe especializada nesse tipo de crime só vai assumir a investigação do caso no dia 2 de janeiro, quando a delegacia reabre e está marcado o depoimento da vítima.

Mato Grosso é o segundo estado mais violento para mulheres. Só entre janeiro e agosto de 2018, a Justiça determinou quase 6 mil medidas protetivas. De janeiro a outubro, foram 66 feminicídios.

O estado tem sete Delegacias da Mulher, duas na região metropolitana da capital. Mas elas só funcionam em dias úteis e em horário comercial.

“É um contrassenso que as delegacias fechem nos finais de semana, feriados e à noite, porque é o período onde os crimes mais acontecem. Dá uma sensação de que a violência contra a mulher é um crime menor, que ele não vai ser punido, que ele pode ser relevado. E não é”, afirma a presidente do Conselho dos Direitos da Mulher de Mato Grosso, Glaucia Rodrigues do Amaral.

A polícia de Mato Grosso declarou que, fora do horário comercial, as vítimas devem registrar queixas nas delegacias comuns e que José Antônio de Assis é procurado nos estados vizinhos e também na Bolívia. Quem tiver informações pode ligar para o Disque-Denúncia no 197.

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