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13/08/18 às 08:18

Rumo ao Paiaguás - Cinco querem governar Mato Grosso

Dante, Blairo e Silval foram reeleitos; Franz, Nogueira, Wellington e Mauro não querem que Taques repita essa tradição política mato-grossense

Eduardo Gomes, Diário de Cuiabá

Edição: Clodoeste 'Kassu' AguaBoaNews

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Rumo ao Paiaguás - Cinco querem governar Mato Grosso

Cinco candidatos postulam ocupar o cargo de governador no Palácio Paiaguás, a partir de 2019

Foto: Divulgação

Corrida ao governo é imprevisível, mas em Mato Grosso nem tanto, pelo menos sob alguns aspectos, desde a retomada do pleito direto em 1982. Em nove disputas os vencedores ultrapassaram na primeira votação 50% mais um voto; todas as eleições foram polarizadas; e os governadores Dante de Oliveira (PDT e PSDB), Blairo Maggi (PPS e PR) e Silval Barbosa (PMDB) que chegaram ao poder após a instituição do segundo turno venceram no primeiro. A disputa pela cadeira mais importante do Estado tem cinco nomes e 2.330.724 eleitores para decidirem. O governador Pedro Taques (PSDB) tenta continuar a ocupá-la. Mauro Mendes (DEM), Arthur Nogueira (Rede), Wellington Fagundes (PR) e Moisés Franz (PSOL) brigam por ela.

Franz, servidor público estadual, é estreante e concorre em chapa partidária. Seu vice é o cuiabano Vanderley da Guia, o Enfermeiro Vanderley Guia, que foi candidato a deputado federal em 2014 recebendo 1.425 votos, e concorreu a vereador por Cuiabá em 2016 cravando 261 votos.

Nogueira é cuiabano, policial rodoviário federal e foi superintendente da Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso; é administrador de empresas e bacharel em direito. Formou aliança e seu vice é o gaúcho Sadi Oliveira dos Santos (PPL), que reside em Cuiabá desde 1983; atua no ramo publicitário; e preside a ONG Amigos do Bem, o Instituto São Pio e a Associação Mato-grossense de Doenças Inflamatórias.

Taques foi senador por quatro anos. Wellington cumpriu seis mandatos consecutivos de deputado federal, é senador e por duas vezes foi derrotado enquanto candidato a prefeito de Rondonópolis. Mauro foi prefeito de Cuiabá e perdeu duas eleições: para a prefeitura da capital e ao governo.

Taques tem um palanque com 10 siglas: PSDB, PSL, PPS, PRP, Avante, DC, Solidariedade, Patriota, PRPB e PSB. Wellington também tem 10: PR, PV, PP, PTB, PCdoB, PT, PRB, Pode, PMN e Pros. Mauro uniu cinco partidos: DEM, PDT, MDB, PHS e PSD.

O vice de Mauro é o empresário, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Lucas do Rio Verde em três mandatos, Otaviano Pivetta (PDT); Mauro repete a chapa de 2010, quando concorreu ao governo – à época pelo PSB - com Pivetta de vice, quando foi batido em primeiro turno por Silval Barbosa (PMDB).

A chapa de Wellington é a única ao governo com uma mulher de vice: Sirlei Theis (PV); até então Mato Grosso teve uma vice-governadora, Iraci França (PPS), eleita na chapa de Blairo Maggi em 2002. Blairo e Wellington são de Rondonópolis.

Taques formou chapa partidária com o produtor rural, veterinário e sindicalista Rui Prado. Em sua eleição ao governo, Taques também fez dobradinha com um produtor Carlos Fávaro (antes PP e agora PSD).

Em 1998 o governador Dante de Oliveira e o vice-governador Márcio Lacerda romperam politicamente e Lacerda passou a fazer oposição a Dante, que foi reeleito e Lacerda caiu no esquecimento.

Em 2018 Taques e Fávaro romperam politicamente. Fávaro renunciou, assinou manifesto contra o governador e aderiu à coligação de Mauro, pela qual concorre ao Senado.

Mauro e Taques estiveram juntos nas últimas eleições. Parte do secretariado de Taques pertenceu à equipe de Mauro. Os dois romperam recentemente e trocam acusações.

Com uma campanha manga curta, os candidatos terão que usar bem as redes sociais e o tempo no rádio e televisão, que será assim distribuído: Wellington 3 min 17,8s; Mauro 2 min 41,9 s; Taques 2 min 2,8 s; Moisés 15,5 s; e Nogueira 12,7 s.

DOMICÍLIO – Os cuiabanos Dante (duas vezes) e Taques (uma) chegaram ao poder. Rondonópolis empata com a capital em número de mandatos: Carlos Bezerra (MDB) uma vez e Blairo duas. Os irmãos Júlio e Jayme Campos, ambos do DEM (à época PDS e PFL respectivamente), de Várzea Grande, foram governadores no período em que não havia reeleição. Silval, de Matupá, concluiu um mandato e conquistou o segundo.

O desempate em números de mandatos entre cuiabanos e rondonopolitanos será definido favoravelmente aos primeiros em caso da vitória de Franz, ou de Nogueira, ou de Taques ou ainda de Mauro; Wellington é o único que poderia colocar Rondonópolis à frente.

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